Em clara retaliação à Argentina, que tem retardado a liberação da entrada de produtos brasileiros no país, desde terça-feira o Brasil exige licença prévia na importação de carros. De janeiro a abril deste ano, 80% dos carros que entraram no Brasil vieram da Argentina ou do México - isentos de imposto de importação - e apenas 20% dos demais países.
A maior parte dos carros que vêm da Argentina e do México é negociada pelas montadoras brasileiras. Sua representante, a Anfavea, considera cedo para avaliar o impacto da barreira, mas já admite a possibilidade de "replanejamento".
Há informações não confirmadas de 70 caminhões com veículos da Argentina aguardando liberação em postos de fronteira. Em Uruguaiana, na Fronteira Oeste, há 30 caminhões parados, a maioria de veículos Toyota.
Na terça-feira, o ministro Fernando Pimentel havia dado uma espécie de ultimato, dizendo que esperaria até o final da semana a resposta a carta enviada à ministra da Produção, Débora Giorgi. Na correpondência, cobrava o cumprimento de acordo feito em fevereiro para evitar prejuízo por barreiras a exportações brasileiras.
- Pelo relato que temos dos setores que exportam, está havendo (prejuízos). Vamos aguardar até o final desta semana para ver se há mudança. Caso contrário, a gente pensa no que fazer - afirmara Pimentel.
No Estado, a decisão foi festejada por Claudio Bier, presidente do Sindicato da Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas. A demora na liberação da entrada de máquinas no período da colheita tem impedido vendas à Argentina.
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Notícia
Caminhoneiros aguardam liberação de cargas após anúncio de barreiras à Argentina
Cegonheiros carregados de carros argentinos estão parados no Porto Seco de Uruguaiana
Marta Sfredo
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