Enquanto o peso de todos os produtos com intensidade tecnológica (baixa, média e alta) nas exportações do Rio Grande do Sul recuou cerca de 5 pontos percentuais percentuais nos primeiros três meses de 2011, ante o ano passado, os básicos avançaram fortemente no período (98,8%), passando a sua participação de 12,1% para 17,3%. Os números foram divulgados nesta quinta-feira pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Os produtos gaúchos com alta e média intensidade tecnológica responderam por 41% das exportações no trimestre e tiveram crescimento de 37% em relação ao mesmo período do ano passado.
Das vendas externas totais do Estado, que chegaram a US$ 3,8 bilhões, foram responsáveis por US$ 1,55 bilhão. Já os itens com baixa tecnologia embarcados de janeiro a março somaram US$ 1,58 bilhão e os não-industriais atingiram US$ 656 milhões.
O setor industrial respondeu por 87,6% de tudo que o Estado embarcou no acumulado do ano, registrando uma alta de 27,8%, em comparação com o mesmo período de 2010, e atingindo US$ 3,3 bilhões.
O desempenho da indústria gaúcha ficou levemente abaixo da média nacional, que obteve uma elevação de 29,5%. O setor que mais se destacou positivamente foi máquinas e equipamentos, uma expansão de 67,9%, seguido por metalurgia (53,3%), derivados de petróleo e biocombustíveis (46,9%), alimentos (46,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (44,2%). Já as piores performances se concentraram em têxteis (-24%), materiais elétricos (-20%), móveis (-6,5%) e couro e calçados (-4,4%).
O Rio Grande do Sul concentrou 7,4% das vendas externas brasileiras e ocupou a quarta posição entre os Estados exportadores. São Paulo liderou o ranking (23,7% de participação), seguido por Minas Gerais (16,6%) e Rio de Janeiro (11%). Os principais destinos das exportações totais do Estado foram Argentina, com elevação de 27,8%, e Estados Unidos, que ocuparam o segundo lugar com um incremento de 5,2%. A terceira posição ficou com a China, ao aumentar em 52,2% seus pedidos.
Nas importações, 96,2% das compras gaúchas foram de produtos industrializados, que registraram um incremento de 4,9%, chegando a US$ 3,1 bilhões. Os pedidos de bens de consumo semiduráveis subiram 50%, seguidos por bens de consumo não-duráveis (35,8%) e bens de consumo duráveis (31,8%).
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Exportação de produtos com tecnologia avança menos do que venda de produtos básicos no RS
Produtos com alta e média intensidade tecnológica responderam por 41% das exportações
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