Os líderes políticos mundiais se comprometeram nesta sexta-feira a buscar soluções para acabar com a guerra cambial e evitar o agravamento do desequilíbrio da economia. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, alertou, porém, que a crise não acabou, mas que as negociações feitas durante a Cúpula do G-20 (que reúne as maiores economias do mundo) avançaram. Mantega advertiu que a política do salve-se quem puder é contraproducente.
- A guerra cambial (não acabou). Mas a partir deste documento (definido hoje nas reuniões da cúpula) poderemos usar instrumentos para acabar com essa guerra. Esta política do "salve-se quem puder" acaba sendo contraproducente. É melhor recuar (muitas vezes) e não permitir que a guerra vá adiante - disse o ministro ao fazer um balanço sobre o G-20.
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Barack Obama, dos Estados Unidos, Hu Jintao, da China, entre outros líderes mundiais, como a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, assinaram o documento final da cúpula com uma série de compromissos. Um deles é que no próximo semestre será apresentada uma espécie de balanço econômico de cada país. De acordo com Mantega, inicialmente a China resistiu à ideia.
- Quando for feito o monitoramento das transações correntes, a questão cambial também vai ser analisada - afirmou o ministro.
Mantega disse ainda que houve "amplo entendimento" entre os países.
- Há um esforço em buscar o desenvolvimento mundial. A cúpula coloca recomendações para que caminhemos nessa direção, principalmente na questão do desequilíbrio de moedas e câmbio - disse.
O ministro destacou que na reunião do próximo semestre serão apresentadas propostas sobre eventuais medidas que devem ser adotadas para evitar o desequilíbrio global.
- Os ministros das Finanças deverão sugerir, até o fim do primeiro semestre de 2011, as medidas que devem ser adotadas para evitar o desequilíbrio. Os chineses queriam um prazo maior - acrescentou.
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Mantega: líderes se comprometeram a evitar agravamento do desequilíbrio econômico
"A guerra cambial não acabou", alertou ministro da Fazenda
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