Estimulado pelo dia de sol, um grande público se deslocou ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e enfrentou longas filas nas bilheterias e congestionamentos nas rodovias de acesso à Expointer neste domingo (25). Frequentadores apontaram também falta de organização para comprar ingressos.
O analista de infraestrutura William de Ávila, 36 anos, se deslocou de Brochier, no Vale do Caí, com familiares e deixou o carro no centro de Esteio para escapar dos engarrafamentos. Completou a pé o trajeto ao parque, mas caiu em longas e confusas filas para comprar os bilhetes.
— Não tem ninguém organizando, tem muita gente furando fila, e os totens estão desligados — afirmou Ávila.
Ao seu lado, seis totens para compra automática de ingressos estavam fora de operação. Mais cedo, a região havia apresentado uma queda de energia — já restabelecida. A fila serpenteava diante das bilheterias e se estendia quase até a passarela de acesso da estação da Trensurb.
Nas vias próximas, o cenário também exigia paciência dos motoristas. Havia uma fila de três quilômetros na BR-448 para tomar o acesso aos portões 15, 16 e 17. Pela BR-116, o congestionamento era de quase dois quilômetros.
Procurada, a organização da feira afirmou que "a bilheteria da Expointer é de responsabilidade da empresa ganhadora da licitação" e garantiu que os mais de 10 totens espalhados nos portões "estão em funcionamento". A organização disse, ainda, que, nesta manhã, "o parque passou por uma falta de energia, o que pode ter gerado instabilidade, mas já está tudo normalizado".
A chegada aos estacionamentos para visitantes também provocou grande confusão. Uma placa dizendo "lotado" chegou a ser colocada no acesso aos portões 14 e 15, mas pouco depois do meio-dia havia expectativa de que o acesso fosse novamente liberado após a reorganização de algumas vagas e a saída de alguns veículos. Mesmo pessoas que tinham comprado bilhete antecipado não estavam conseguindo entrar.
Houve um princípio de discussão entre um grupo de frequentadores e fiscais no portão 15.
— Estou desde as 9h45min na rodovia. Não tem nenhuma orientação. O que eu faço, volto para casa? Alguém vai ressarcir o que eu gastei? — reclamava a visitante Carolina Casarin, 47 anos.
Outros motoristas estavam deixando o carro em vias próximas e percorrendo longas distâncias a pé.
— Viajei 200 quilômetros desde Guaporé. Ninguém aqui é trouxa pra fazerem isso com a gente — reclamou Clainor de Lima Gomes.
O portão 14 também se encontrava temporariamente inacessível. Um dos seguranças se limitava a repetir:
— Não tenho culpa. Esperamos reabrir em breve.
Às 12h30min, seguia uma gigantesca fila de carros esperando a liberação da entrada.
Zero Hora solicitou manifestação da organização do evento sobre a situação do estacionamento e aguarda resposta. Assim que for encaminhada, o texto será atualizado.