Estima-se que existam mais de 200 tipos de vinho no mundo, e saber de todos pode ser uma tarefa complicada. No entanto, conhecer os mais comuns, que banham o nosso cotidiano, é uma escolha sábia. Para quem é fã da bebida, o conhecimento auxilia a saborear a combinação de texturas e aromas, que apenas o equilíbrio entre o vinho e a comida podem proporcionar.
Podemos citar Cabernet, Merlot, Malbec e Carménère como alguns dos vinhos tintos mais conhecidos. Já para no time dos vinhos brancos, Chardonnay, Sauvignon Blanc e Sémillon representam alguns dos mais utilizados. Mas se você ainda não conhece as diferenças entre os brancos, rosés, tintos, licorosos e espumantes, então chegou a hora de aprender mais sobre essas variantes.
Sabendo da preferência de bebida nas temporadas mais frias do Estado, o Super Rissul busca enaltecer essa categoria com a campanha Caminho do Vinho, que expõe dos mais variados estilos e marcas de vinhos tinto, branco, rosé, licoroso e espumantes. A campanha, que começa no dia 23 de junho, conta com 16 lojas participantes e um encarte especial com as ofertas.
Para ajudar a entender do assunto, o sommelier e supervisor do Super Rissul, Suedí Mellos, esclarece alguns pontos. Confira as dicas do especialista:
Quais os vinhos mais tradicionais e suas principais diferenças?
Precisamos distinguir os vinhos por estilos (brancos, rosés, tintos, licorosos e espumantes) como também por regiões (velho e novo mundo). Dessa forma, poderemos entender um pouco melhor suas principais diferenças.
O Velho e o Novo Mundo, termo utilizado na enocultura para diferenciar os rótulos pensados para amadurecer na garrafa ou em barris de carvalho por muito tempo dos rótulos novos e frescos, produzem vinhos de todos os estilos. No entanto, eles se dividem por conta do terroir (extensão de terra cultivada), principalmente, onde no Velho Mundo prioriza-se a região produtora e no Novo Mundo as castas – esses com tecnologia embargada e aqueles com métodos tradicionais de cultivo e elaboração.
Nesse cenário, os vinhos tintos são os de maior consumo ou mais tradicionais em nosso cotidiano. Podemos dizer que seguido dos brancos, espumantes e rosés, nessa ordem. Entre as castas, a preferência nacional segue na seguinte disposição: Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot entre os tintos e Chardonnay e Sauvignon Blanc entre os brancos de uvas Vitis Viníferas.
Qual a importância da harmonização?
O objetivo da harmonização é deixar a experiência o mais agradável possível através de uma mistura rica de sabores entre vinho e comida que tendem a nos remeter, muitas vezes, a sensações prazerosas, lembranças olfativas e eventos ou momentos importantes em nossas vidas. Uma harmonização bem feita melhora nossa percepção sobre a bebida e o prato que degustamos, onde poderemos perceber melhor seus aromas, sabores e texturas.
Também segue como dica criar consumos alternativos, como drinks com vinho, vinho quente (quentão), sangrias, limonadas com vinho e o famoso clericot.
Que características não podem ser deixadas de lado no momento da escolha de vinhos e pratos?
Precisamos estar atentos a algumas combinações, entre elas: o estilo do vinho, sua acidez, o açúcar, o amargor e seus taninos. Por exemplo, vinhos mais ácidos harmonizam melhor com pratos ácidos, doces, salgados, picantes e untuosos.
Nos vinhos em que a característica dominante é o dulçor (açúcar residual que sentimos no vinho) eu acrescentaria pratos que tenham algum amargor, além dos já citados. Já os vinhos com predominância de taninos (aquela sensação de ressecamento da boca, adstringência) sugiro pratos untuosos e suculentos.
Para os vinhos licorosos ou espumantes moscatéis, a harmonização clássica é com sobremesas, porém, uma boa experiencia é sair do tradicional e harmonizar também por contraste.
Para não errar:
- Vinhos brancos leves e frutados indicam pratos leves, como frutos do mar, peixes leves ou crus, massas com molhos suaves, ceviche, risotos simples, aves de carne branca e queijos com pouca acidez.
- Vinhos brancos encorpados, com maior complexidade aromática, pedem pratos da mesma ordem, como peixes mais gordos, aves em geral, bacalhau, massas com molhos mais cremosos e queijos macios. Um fondue de queijo, por exemplo, é uma boa combinação.
- Vinhos tintos, de leves a frutados, harmonizam bem com pratos ao molho vermelho, temperados e condimentados. Já os tintos de maior corpo, com maior estrutura e tânicos, pedem por comidas com maior estrutura (corpo e peso), como os pratos com carne vermelha, ricos em sabor e gordura. Alguns exemplos são: carnes assadas e cozidas com molhos, almôndegas, queijos curados e de massa dura.
- Vinhos doces e espumantes moscatéis, a harmonização clássica sugerida são as sobremesas em geral. Fugindo do doce, uma dica para brincar com os aromas e sabores, seriam os queijos de mofo azul, sugerindo uma harmonização por contraste.
- Vinhos rosés são os coringas da harmonização. Eles podem ser degustados em qualquer ocasião. Entre as minhas dicas, está degustá-los com ceviche, frutos do mar, cozinha japonesa, carnes brancas, salmão, legumes e saladas.
- Espumantes são os mais versáteis e se caracterizam pela sua refrescância e efervescência (perlage). Como essa bebida, em geral, tem na acidez um fator positivo (tanto quanto os vinhos rosés) também são coringas em ocasiões em que não se sabe o que servir. Nesse caso, um bom brut sempre vai contribuir muito bem. Para harmonizações recomendadas, as massas com molho branco, o ceviche, a lagosta, o salmão e o camarão com molhos mais encorpados combinam perfeitamente.
Por fim, uma última dica importante para melhorar o prato: quando for elaborar uma receita que requer vinho na composição, é recomendável utilizar o mesmo vinho que será degustado como harmonização.
Ficou com vontade de experimentar essas combinações? Confira o encarte especial do Super Rissul (sujeito a disponibilidade das lojas participantes) e saiba mais sobre a campanha Caminho do Vinho, que começou no dia 23 de junho. No Super Rissul, além dos vinhos, você encontra legumes e verduras da estação, carnes dos mais variados tipos e um grande leque de acompanhamentos.
- Ofertas válidas para as lojas físicas.
- A venda e o consumo de bebida alcoólica são proibidos para menores.
- Se for dirigir, não beba.