A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) representa empresas que atuam nas mais diversas cadeias produtivas da economia e compõem 52,5% do PIB estadual. Há mais de 70 anos, utiliza sua força política e institucional em prol da comunidade gaúcha, promovendo o setor e, consequentemente, o desenvolvimento de 546 mil estabelecimentos, responsáveis por aproximadamente 1,5 milhão de empregos formais.
Graças à atuação em conjunto com Sesc e Senac, bem como dos sindicatos empresariais, a Fecomércio-RS também trabalha para estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento de pequenos negócios, abrangendo todas as pontas da cadeia comercial. A Federação ainda gera informações para gestão empresarial e exerce representatividade legítima para o setor. Ou seja, trabalha como uma ponte entre os interesses do empresário e o poder público.
— Pode-se dizer papel da Fecomércio-RS é fazer pelo empresário aquilo que ele não pode fazer sozinho. Buscamos elaborar ações para promover o desenvolvimento econômico, fazendo crescer a demanda para o setor, e para racionalizar o emaranhado regulatório que nos atinge, principalmente no que diz respeito à burocracia estatal e tributação — contextualiza Luiz Carlos Bohn, presidente da Federação.
Nesse ponto destacado por Bohn entra, por exemplo, o esforço realizado pela entidade e os mais de 100 sindicatos empresariais de sua base junto a representantes do legislativo para evitar a aprovação de obrigatoriedades que trariam prejuízos a grande maioria das empresas e até mesmo inviabilizariam outras. Como um projeto de lei que proíbe que caixas de supermercado empacotem mercadorias, sendo que o custo estimado de contratação de empacotadores, para um supermercado com 5 caixas trabalhando dois turnos diários, acumulado nos 7 anos em que o projeto poderia estar vigendo como lei federal – PL 353/2011 – , seria de R$ 1,7 milhão para essa empresa. Desde 2011, a Fecomércio-RS age para evitar a aprovação deste projeto.
Ainda na área dos supermercados, o Projeto de Lei (PL) 344/2015 obrigaria todos os estabelecimentos desse tipo a contratarem um médico veterinário. Graças à atuação da Fecomércio-RS e dos sindicatos, o projeto não foi aprovado. Caso houvesse sido, em três anos de vigência, tal obrigação representaria um custo acumulado estimado de R$ 435,5 mil para cada empresa. Considerando todos os estabelecimentos desse segmento do RS como um todo, o custo estimado agregado seria de R$ 1,98 bilhão. Isso sem falar no PL 3154/2015 que exigiria que houvesse vigilantes nos estacionamentos de todos os estabelecimentos comerciais. Ao longo dos cerca de 3 anos em que o projeto poderia estar vigendo como lei federal uma empresa que fosse obrigada a contratar um vigilante para trabalhar um turno, apenas, teria gasto aproximadamente R$ 142 mil.
Economia para o setor comercial é conquista diária
Entre suas bandeiras, a Federação defende uma gestão pública eficiente – que aja com transparência, agilidade e responsabilidade –, racionalização dos tributos, simplificando assim o sistema de arrecadação, fortalecimento das negociações coletivas e uma desburocratização na melhoria do ambiente de negócios. Porém, muita gente não sabe que ao longo deste tempo, muitas das ações realizadas geram uma economia significativa para o setor, como explica Lucas Schifino, economista e assessor parlamentar da Fecomércio-RS:
– Além de propor medidas, acompanhamos de perto as intenções do governo e do parlamento que impactam nosso setor direta ou indiretamente. Com a análise econômica e jurídica dessas intenções, conseguimos identificar previamente quais poderiam resultar em ganho de produtividade tanto para as empresas do comércio quanto para sociedade como um todo.
Trabalho social também é destaque
O Sistema Fecomércio-RS conta com mais de 100 sindicatos empresariais em sua base para intensificar suas ações. Gerencia ainda o Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul (Sesc-RS) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-RS), com mais de uma centena de Unidades Operacionais no Estado, proporcionando ações na área de bem-estar social e qualificação profissional a milhares de gaúchos.