Até 2050, o consumo de madeira no planeta deve triplicar e o mundo precisa plantar árvores como recurso renovável para enfrentar o desafio de demanda crescente. Madeiras originadas de plantios vêm aumentando a sua participação no consumo, em um movimento oposto ao que ocorre com as florestas nativas. Florestas plantadas têm o importante papel de reduzir a pressão sobre ambientes naturais e contribuir para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa e no sequestro de carbono.
A atividade gera emprego e renda em toda a sua cadeia produtiva e oportuniza a participação de pequenos e médios produtores rurais, valorizando o desenvolvimento regional sustentável. A indústria de base florestal instalada no Rio Grande do Sul constitui uma atividade responsável por 4% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, geradora de 7% dos empregos, 3% da arrecadação de impostos e 2% do valor de venda dos produtos florestais exportados.
O Estado tem a vantagem competitiva da vocação florestal como atividade agrícola e econômica. Temos plenas condições de participar no atendimento da demanda por produtos florestais, mas a atual balança entre oferta e demanda no Rio Grande do Sul está em desequilíbrio devido à falta de política de incentivo e insegurança jurídica.
Há empreendimentos querendo se instalar no Estado, clientes analisando a compra de madeira, mas qualquer um destes mercados busca, além de preços competitivos, segurança para negócios a longo prazo. A continuidade dos replantios e novas áreas sem entraves burocráticos que geram custos altos e travam os projetos são fundamentais até mesmo para a venda das atuais florestas prontas.
É um momento decisivo para o setor no RS. A decisão de passar o lócus institucional para a Secretaria da Agricultura e a desburocratização do licenciamento são muito importantes e devem ocorrer o mais rápido possível para viabilizar os plantios, assim como garantir os negócios com as atuais florestas.
É hora de refletir sobre a atividade e não por acaso as florestas foram escolhidas como tema central da Expoagro Afubra, realizada agora em março, e em abril ocorre em Gramado a 6ª Feira da Floresta. Oportunidades para as partes interessadas debaterem o setor e atuar na busca de soluções.
Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor)
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