Com foco na vacinação de adolescentes, as campanhas nacionais de combate ao Papilomavírus Humano (HPV) criaram um imaginário equivocado de que as mulheres adultas não precisam se imunizar. A verdade é que o cuidado deve permanecer por toda a vida, conforme debatido no 58º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia, realizado em Porto Alegre, em novembro.
Enquanto o Sistema Único de Saúde (SUS) imuniza meninas e meninos de até 14 anos, salvo pessoas com baixa imunidade, o pico de contaminação se dá a partir dos 16 anos, informa Eliana Wendland, epidemiologista do Hospital Moinhos de Vento que coordenou estudo sobre a prevalência nacional de infecção pelo HPV. Entre mulheres de 30 a 44 anos, o risco de se contaminar é de 22%.
– Embora a taxa seja menor do que nas jovens de 15 a 19 anos, não é um índice desprezível – afirma o professor da faculdade de Medicina da UFRGS Valentino Magno, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do RS (Sogirgs).
Contudo, há boas razões para privilegiar a vacinação nos adolescentes. Uma delas é que, por volta dos 14 anos, o corpo humano atinge um pico de imunogenicidade. Isso significa produzir um número maior de anticorpos do que na fase adulta, tornando a imunização mais eficaz. Tanto que bastam duas doses da vacina para que a garotada fique protegida – em pacientes adultos, são necessárias três.
Outra justificativa é proteger a população antes do início da atividade sexual, principal forma de transmissão do vírus. O SUS vacina meninas entre nove e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos, padrão adotado globalmente, segundo Magno. Também são imunizadas gratuitamente pessoas de até 26 anos com baixa imunidade, como pacientes com HIV ou transplantados.
Quem não atende a esses requisitos tem de buscar proteção na rede privada, onde deve tomar três doses a um custo de até R$ 600 cada, em Porto Alegre. Este é o valor da vacina que protege contra os quatro tipos mais comuns do vírus, a mesma disponível no SUS.
Risco maior de lesão
Uma vez infectados pelo HPV, homens e mulheres podem desenvolver verrugas nas regiões oral, genital e anal que podem evoluir para cânceres como o de colo do útero, na vagina ou no pênis. Diferentemente das pacientes do sexo feminino, homens mantêm o mesmo nível de risco de contaminação ao longo da vida. A ginecologista Nilma Neves explica que, nas mulheres, a chance de contágio é maior entre as mais novas por uma questão comportamental.
– Tem a ver com a troca maior de parceiros, associada ao fato de nem sempre usarem camisinha – afirma a médica, que é professora da Universidade Federal da Bahia.
Para Valentino Magno, professor da UFRGS, é importante alertar as pacientes adultas para o fato de que, apesar do risco menor de contaminação, elas têm mais chance de desenvolver lesões pré-cancerosas do que as adolescentes e do que os homens. No organismo jovem, as infecções por HPV podem ser eliminadas pelo corpo antes de se transformar em uma infecção crônica. Outra situação possível é ter tido contato com o vírus e, depois de anos sem sintomas, independentemente de estar ou não em um relacionamento estável, surgir a lesão.
– Contaminar-se com o HPV não é o problema. O problema é ficar com o vírus e desencadear uma lesão de colo do útero – alerta Magno.
A vacina vale para a vida toda e beneficia mesmo quem já foi infectado, já que, depois de alguns anos, os anticorpos podem zerar e a pessoa pode pegar o vírus novamente. Além disso, a imunização vai proteger contra os outros tipos de vírus com os quais o paciente não teve contato. Como a infecção pode ser assintomática, os médicos reforçam a importância de manter em dia o exame preventivo do câncer do colo do útero, o Papanicolau.
Sobre a transmissão do vírus, Neves explica que não é necessário haver penetração, o contato dos genitais pode ser suficiente para a contaminação. Por isso, nunca é demais repetir: use camisinha sempre.
E se você pudesse realizar os exames de saúde em casa?
Está faltando tempo em meio à correria para colocar todos os exames de saúde em dia? Se esse era um dos problemas da agenda apertada, pode considerar resolvido: não precisa nem sair de casa para realizar esses procedimentos. A fim de facilitar a rotina dos pais e de toda a família, o Laboratório Weinmann dispõe do serviço de coleta domiciliar.
O atendimento pode ser agendado até mesmo para os sábados, domingos e feriados. E o melhor: compreende a toda a rede de convênios da unidade.
– A coleta domiciliar disponibiliza uma equipe especializada para realizar exames de análises clínicas no conforto do lar, trabalho ou local de preferência, com a garantia da excelência técnica Weinmann. Tudo para você e sua família cuidarem da sua saúde sempre que necessitarem – destaca a médica hematologista e hemoterapeuta Katia Zanotelli Fassina, responsável técnica do Laboratório Weinmann.
Se os exames forem destinados para crianças, a Weinmann encaminhará uma equipe especializada em atendimento infantil. O serviço está disponível nas cidades de Porto Alegre e Canoas e pode ser agendado pelo telefone (51) 3314-3838. Saiba mais no site.