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Afeta 6% das mulheres
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Xuxa revela que fez transplante capilar após diagnóstico de calvície; entenda o que é alopecia androgenética

Apresentadora passou por procedimento para redistribuir folículos capilares após notar falhas no couro cabeludo

Zero Hora

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TV Globo / Reprodução
Xuxa foi diagnosticada com alopecia androgenética.

A apresentadora e cantora Xuxa Meneghel, 62 anos, revelou recentemente que foi diagnosticada com alopecia androgenética, condição popularmente conhecida como calvície.

Devido à queda dos fios, a artista decidiu realizar um transplante capilar para amenizar as falhas no couro cabeludo. 

— Tirei cabelinhos da parte de trás da cabeça e coloquei aqui em cima, na rodelinha, e na frente, nas entradas. Fiz há uns 20 dias. Daqui a três meses, esses fios devem cair e vão nascer outros no lugar — relatou, em entrevista ao Jornal Extra.

Nesta quinta-feira (27), data do aniversário de Xuxa, ela participou do programa Mais Você, da Globo, e incentivou mulheres com alopecia a fazerem a cirurgia:

— Mulher tem medo, ou tem vergonha de falar, ou acha que não deveria… Eu queria falar para muitas mulheres terem coragem e vontade de fazer (transplante), porque a alopecia existe. Tem a alopecia genética, que é no caso, a alopecia hormonal, mas existem outras que também que são causadas por produtos, químicas ou tração — contou. 

A alopecia, que afeta cerca de 6% das mulheres, tem origem genética e está associada a mudanças hormonais. No caso da apresentadora, os primeiros sinais surgiram com o afinamento progressivo dos fios, até que falhas se tornaram visíveis.

Em janeiro, Xuxa chegou a dizer, durante participação no programa Casa de Verão, do GNT, que cogitava raspar os cabelos para não depender mais de tratamentos.

O que é a alopecia androgenética?

A alopecia androgenética é uma das formas mais comuns de queda de cabelo e afeta tanto homens quanto mulheres. 

Nos homens, a calvície se manifesta com entradas laterais e rarefação no topo da cabeça. Já nas mulheres, o afinamento dos fios ocorre de maneira mais difusa, tornando o couro cabeludo mais visível ao longo do tempo.

— A calvície feminina se chama alopecia androgênica feminina. É uma doença que provoca afinamento dos fios e uma rarefação, que vai progredindo ao longo dos anos. A queda se distribui de forma mais difusa. Nos homens, vão sendo formadas as "entradas" e eles podem ficar totalmente sem cabelo — explicou a dermatologista Analupe Webber, da Sociedade Brasileira de Dermatologia Secção RS (SBD-RS), em entrevista a Donna, publicada em 2024.

A condição pode começar a se desenvolver ainda na adolescência, mas, geralmente, se torna mais evidente entre os 40 e 50 anos, principalmente devido a alterações hormonais, como a menopausa.

Tratamento e controle

Embora não tenha cura, a alopecia androgenética pode ser controlada com tratamentos específicos. Entre as opções disponíveis estão:

  • Medicamentos tópicos e orais: ajudam a estimular o crescimento dos fios e evitar a progressão da calvície
  • Terapias capilares: como laser e microagulhamento, que melhoram a circulação sanguínea no couro cabeludo
  • Transplante capilar: indicado para casos avançados, redistribui folículos saudáveis para as áreas afetadas

A especialista reforçou que quanto mais cedo o problema for identificado, melhores são as chances de sucesso no tratamento.

— Tem pessoas que vêm quando o cabelo já está muito ralo. Se a pessoa sabe que a avó, a mãe ou outras pessoas da família sofrem com alopecia androgênica, ela pode procurar o dermatologista antes de desenvolver os sintomas — alertou Analupe.

Outros tipos de alopecia

A alopecia androgenética é apenas uma das formas de queda capilar. Outra condição comum é a alopecia areata, doença autoimune que provoca falhas repentinas no couro cabeludo e pode ser desencadeada por estresse.

Segundo a dermatologista Samanta De Rossi, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), é fundamental procurar um especialista ao notar qualquer mudança significativa no volume ou na textura dos fios.

— A pessoa responde de forma um pouco diferente à ação dos hormônios masculinos no couro cabeludo. O cabelo cicla ao longo da vida. Em quem tem alopecia androgenética, no momento em que o cabelo cicla, o folículo se insere em uma região mais superficial, e o pelo produzido pelo folículo vai ficando mais fino — enfatizou, em entrevista a Zero Hora, publicada em janeiro de 2023.

Entre os sinais de alerta estão:

  • Aumento significativo na queda de cabelo
  • Falhas visíveis no couro cabeludo
  • Coceira, dor ou lesões no couro cabeludo
  • Áreas sem pelos em sobrancelhas, barba ou cílios
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