Qual mulher foi fundamental para que você se tornasse quem é hoje? Fizemos essa pergunta para leitoras no site de GZH e recebemos dezenas de relatos emocionantes. Selecionamos sete depoimentos para marcar em grande estilo o Dia da Mulher – e temos certeza de que você vai se identificar com alguma das histórias a seguir:
Avó batalhadora
Minha avó, Cecília Scotta, que hoje está com 97 anos e mora em Cachoeira do Sul, é uma mulher batalhadora. Costureira de ofício, sempre trabalhou no lar, tendo como esposo um viajante. Sempre inspirou fé, força e determinação, mesmo em tempos em que o papel da mulher na sociedade era tão relativizado. Criou seis crianças praticamente sozinha, enfrentou a pobreza. Desafiou regras religiosas e sociais para não ter mais filhos naquela época. Nunca deixou de trabalhar e, principalmente, de lutar por sua independência. Até hoje mora em sua casa e trabalha.
Samara Wilhelm Heerdt, de Porto Alegre
Irmãs inspiradoras
Sou caçula de uma família de cinco filhos. Passamos por dificuldades na infância, e minhas duas irmãs mais velhas, Rejane e Rosane, sempre foram muito batalhadoras, além de me incentivarem a estudar e nunca desistir dos meus sonhos. Consegui me formar com crédito educativo e trabalhando meio turno para ajudar nas despesas, e elas sempre foram minha inspiração. Formada há 20 anos, sou proprietária e responsável técnica de uma clínica de fonoaudiologia com uma equipe de sete funcionários. Sou muito grata a elas por todo o apoio e incentivo em minha formação.
Alexsandra Gomes Costa Gerber, de Canoas
Mãe generosa
Desde a minha infância, minha mãe, Lenice, sempre foi inspiração para defender a família. Com afeto e determinação, mostrou que podemos ser fortes diante de qualquer situação sem perder a ternura e a sensibilidade. Ela é prática, e isso é uma característica que admiro: não dá tempo para lamentações e canaliza a energia para onde tem de ser efetivamente direcionada. Além de tudo, ela é um poço de amor e generosidade. Aprendo, todos os dias, a ser não somente filha: ela também é minha inspiração para ser mãe.
Aline de Melo Pires, de São Leopoldo
Chefe referência
Maris Stella Poltronieri foi minha chefe e é um exemplo de profissional, de mulher. Sempre deixou seus funcionários crescerem e crescia junto. O que mais me marcou é que ela dava os créditos para os sucessos da equipe: “Isso foi a Fulana que fez”. Quando havia problema, assumia a questão. Mesmo não trabalhando mais juntas, a Maris segue como exemplo. Sou professora de Administração e sempre falo para meus alunos que gostaria que eles tivessem a oportunidade de trabalhar com uma chefe como a que eu tive, que sempre me apoiou e me fez crescer.
Caroline Duschitz, de Porto Alegre
Amiga exemplar
Tenho uma amizade com a Caren há 20 anos. Nos conhecemos no Ensino Médio e, a cada dia que passava, minha admiração por ela aumentava. Ela me inspira a ser uma pessoa melhor, a não desistir e a ser forte, pois ela sempre se virou sozinha, para se manter, sustentar a filha, a casa. Ela é linda, tem um sorriso que eu adoro ver. Se hoje sou uma mulher dedicada, forte e guerreira foi porque tive vários exemplos de mulheres na minha família que são minha base, mas essa contribuição que a Caren tem fez tudo ficar ainda mais completo. É a irmã que Deus mandou pra mim.
Tielly Prestes Ribeiro, de Canoas
Mãe destemida
Minha inspiração é a minha mãe. Não por ser mãe, mas sim por ter enfrentado uma gravidez de trigêmeas sem a participação do pai. Minha mãe sempre foi dona de uma postura quase inabalável, forte, destemida, guerreira e coerente. Criar um filho sem a participação de um pai não é fácil. Criar três pode parecer impossível, mas ela criou! Nesta trajetória, nos ensinou a nunca desistir dos sonhos, a ir atrás do que queremos sem magoar ninguém, a lutar contra o machismo, a valorizar as relações interpessoais e a vida. Exemplo de mãe, mulher, profissional e amiga!
Mariana Jardim, de Porto Alegre
Freira corajosa
Fui interna em um colégio de freiras dos seis aos 14 anos, e a responsável por cuidar de 30 meninas se chamava Irmã Célia. Esta mulher me ensinou coisas práticas da vida que uso até hoje. Sempre repetia o ditado "água mole em pedra dura tanto bate até que fura", e ressaltava a importância da persistência. O mais importante foi o exemplo de coragem, de começar de novo. Na faixa dos 40 anos, voltou a estudar, fez faculdade de Pedagogia e, aos 45, decidiu deixar de ser freira. Abandonou a vida que não fazia mais sentido para ela e começou outra.
Juçara Rheingantz, de Porto Alegre