Em abril, o dólar acumulou alta superior a 5% e bateu em R$ 3,50 – a maior cotação desde 2016. De lá para cá muita gente correu para comprar dólar pensando na viagem dos próximos meses. A questão é: a melhor hora para comprar a moeda é agora?
Já adianto: há divergências. Acertar qual vai ser a trajetória da taxa de câmbio é uma tarefa bem difícil, para não dizer quase impossível. Isso porque são vários os motivos que interferem na formação de preço da moeda e eles variam diariamente. A alta recente resultou de situações vindas do exterior, como uma projeção de aumento mais veloz da taxa de juros americana com preocupações sobre a inflação do país, e do mercado interno brasileiro com riscos políticos ligados ao cenário eleitoral de 2018. Suspeito que, de forma geral, deveremos conviver com essas duas variáveis ao longo dos próximos meses o que mantém a imprevisibilidade no cenário.
Na visão de alguns economistas essas incertezas reforçam a tese de dólar mais valorizado até o fim do ano, ou seja, superando os R$ 3,50 para cada 1 dólar. No entanto, isso não é consenso. A pesquisa Focus, que é um levantamento feito pelo Banco Central do Brasil com mais de 100 instituições financeira, aponta que ao final do ano a moeda deve ficar ao redor de R$ 3,33, ou seja, mais barata do que está agora.
O fato é que, não havendo como acertar no olho da mosca na hora de decidir comprar ou esperar, eu sugiro três dicas simples: a primeira é ficar atenta a chamada volatilidade, é o sobe e desce da moeda, pois justamente aí você pode ter oportunidade de economizar se comprar em um dia que a cotação esteja em baixa. A segunda dica é ir comprando aos poucos e tentar fechar uma boa média. E a terceira é tentar ver qual a corretora oferece um dólar mais baixo, a diferença é de centavos entre uma empresa e outra, mas no montante você consegue poupar alguns reais na troca.
É bom lembrar que na hora de fechar o dólar para viagem você vai pagar pelo dólar turismo, que costuma custar mais do que o dólar comercial. E por que ele é mais caro? A diferença acontece porque pessoas físicas costumam comprar volumes menores do que exportadores, bancos ou empresas – e isso encarece a operação com custos administrativos e financeiros, explicam os especialistas.
E, aí? Você acha que é hora de comprar ou esperar?
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