A preocupação é um sintoma comum na nossa rotina e geralmente é vista como algo ruim, algo que devemos nos livrar ou evitar. Na contramão do que pensamos, a pesquisadora Kate Sweeny, da Universidade da Califórnia, afirma que, apesar da reputação negativa, nem toda preocupação é ruim.
Autora do artigo The surprising Upsides of Worry, ela defende que se preocupar na quantidade certa é melhor do que não se preocupar. Kate, que é psicóloga, acredita que pessoas preocupadas podem ter desempenho acima da média, já que tendem a buscar mais informações e até estarem mais bem preparadas. A preocupação pode motivar as pessoas a se desenvolverem mais na carreira e até se envolverem em comportamentos potencialmente benéficos, como no caso de mulheres que, preocupadas com a saúde, podem fazer mamografias regulares para rastrear o câncer de mama, por exemplo.
Eu costumo fazer parte do time dos preocupados. Desde os tempos da escola até hoje tento usar a preocupação como estímulo para me preparar mais para desafios. Muitas vezes me sinto ansiosa, é verdade. A gente não está só quando se sente assim, a Organização Mundial da Saúde aponta que 33% da população mundial sofre de transtorno de ansiedade.
Sendo assim, a preocupação não é mesmo ruim? Não, especialmente se entendermos que ela nos ajuda a avançar, se preparar e a agir. Caso ela paralise você, aí não é legal não. Prestar atenção nos sinais do nosso próprio corpo pode ser uma boa métrica para descobrir se o quanto você anda se preocupando está te fazendo mais bem ou mal. Se está te deixando tensa demais, ou até nervosa, dê um tempo.
"Dar um tempo", assim como saber esperar, não é nada fácil para a maioria de nós. Por isso, a mesma autora da pesquisa da Universidade da Califórnia também ensina técnicas para “sobreviver” à espera quando algo nos preocupa (demais). Vale a penar por em prática e lembrar que estudos apontam que cerca de 85% das coisas com as quais as pessoas se preocupam nunca acontecem. O que fazer para sobreviver enquanto espera? Veja!
1- Pergunte a si mesmo: Eu posso mudar essa situação?
Sim? Não? Impossível mudar? Então, mude.
2- Pergunte a você: Eu posso me preparar para isso?
Então, prepare-se.
3- Seja otimista o máximo que puder, vá até o final.
Se não for mais possível, lide com a realidade e aceite a situação.
4– Encontre o seu estado de flow
Algo com o que você relaxe e não veja o tempo passar. Assistir TV não conta, tem que ser uma atividade que desafie você!
5- Foque no agora, no momento presente
Não mire o passado que já foi e nem o futuro ainda desconhecido. Use as técnicas de mindfulness.
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