Mesdames et Messieurs chegamos ao final da temporada internacional outono/inverno 2015/16. Pra fechar com chave de ouro, a Paris Fashion Week apresenta as coleções que dão o tom e confirmam quais serão os itens-desejo da próxima estação. Como já vimos em Londres e Milão, uma onda de riqueza aparece nas passarelas. É o maximalismo na estrutura, nos ornamentos e na escolha dos tecidos. Tudo estrategicamente criado para embelezar sem ser cafona. Afinal, essa palavra não combina com a capital francesa.
Veludos, brocados, tweeds e bouclés aparecem ultratrabalhados e misturados ora com bordados, ora com estampas ou ainda cortes modernos. Quem faz muito bem essa mistura e sempre encanta é o belga Dries Van Noten. São tantos detalhes em suas roupas que você perde a noção do tempo ao admirar e tentar decifrá-los. Outro nome que não é comum no mainstream e é craque nisso é Haider Ackerman. Com sua marca homônima ele propõe um show de proporções que fogem do convencional. Sua moda é meio dark com um pegada masculina e a assimetria está (quase) sempre presente. A propósito, esse desequilíbrio promete bombar. Falo das saias modelo envelope com retas e linhas irregulares.
Alexander Wang criou para Balenciaga uma ótima versão da peça, compondo um excelente desfile que mesclou o universo de Cristobal Balenciaga com o street subversivo de Wang. Lady Gaga deu palhinha e foi assunto do show, como os brincos em espiral com pérolas! Acessório que vai fazer muita mulher perder o controle até botar o mimo na orelha.
Dark Side: assimetria e desequilíbrio