Há quem acredite que o animal de estimação, em especial os cães, assume um comportamento diferente quando o tutor fica doente. Ainda mais quando, mais tarde, a pessoa é diagnosticada com alguma patologia séria como diabetes, insuficiência cardíaca, reumatismo e até mesmo com algum tipo de câncer.
Uma simples coincidência ou os animais conseguem pressentir a chegada de doenças em seus tutores? Isso é perfeitamente explicável.
Conexão
Qualquer desequilíbrio hormonal ou bioquímico não passa despercebido por alguns animais por conta de suas conexões com seus tutores. Por mais que algumas pessoas não demonstrem um desconforto físico - como mudar a postura, dor ao ficar de joelhos ou ter uma ofegação - os bichinhos podem notar um estranhamento na postura do tutor após a execução de tarefas e se mostrarem mais “sensíveis” em determinados momentos, o que justifica a mudança de comportamento dos pets.
Sensibilidade
Sim, o cachorro sente algo diferente de todo mundo. Isso se deve pela capacidade do olfato do pet em conseguir sentir o desequilíbrio bioquímico nas pessoas que o cercam. Ainda que sutil, essa pequena diferença é capaz de ser notada por alguns cães que cheiram exageradamente seus tutores e logo em seguida os abandonam. O motivo? O que estão sentindo não é nada agradável.
Mas o contrário também ocorre: por alguma razão o seu bichinho não larga mais do seu pé ou ficou assim, por alguns dias, antes de voltar ao comportamento normal.
Calma. Os animais assumirem comportamentos atípicos antes de um diagnóstico de uma doença não deve ser sinal de preocupação. Eles podem sentir diferenças de muitas coisas sem que você se dê conta. Tem quem diga que seu cãozinho consegue “farejar” uma tempestade a caminho, mas, na verdade, o que ele sente são as mudanças na pressão barométrica. Por isso, se esconde rapidamente antes da chuva cair.
Medicação
As mudanças de comportamento também podem ocorrer por conta do uso de algum remédio que a pessoa começou a tomar. Medicações podem ser expelidas pelo rim e fígado, tendo reflexo no odor do tutor. Então, não se assuste, pois nem tudo são doenças.
Há cachorros tão sensíveis que sentem até mesmo quando o tutor exagera no alho e na cebola, o que justifica o farejo por muito mais tempo ou se afastar do seu tutor, enquanto aquele cheio ainda estiver no corpo.
E os gatos?
Embora não tenham narizes tão apurados como dos cachorros, os gatinhos também podem perceber mudanças no comportamento de seus tutores. A diferença é que, boa parte deles, não se incomoda com isso. Por terem sido domesticados muitos séculos depois dos cães, os gatos, em sua essência, não costumam ficar em volta ou muito em cima das pessoas.
Livros como Cães Sabem Que Seus Donos Estão Chegando, de Rupert Sheldrake, In the Company of Animals, de James Serpell e Between Pets and People, de Alan Beck e Aaron Katcher, (esses dois últimos sem tradução para o português) são um prato cheio para os esotéricos ou para quem quer se aprofundar no assunto.