Para alguns tutores, a chegada do verão traz consigo uma figurinha carimbada que sinaliza a necessidade de cuidados especiais nos períodos de sol e calor intenso, intercalado com chuvas: o carrapato. O minúsculo parasita pode até passar desapercebido em meio aos pelos do seu pet, mas isso não diminui os problemas que pode trazer à saúde.
Os carrapatos estão por tudo: cidade, serra e praia. Com sorte, a gente depara com ele ainda colado no seu bichinho. Por que sorte? Pois, uma vez caindo do seu mascote, o parasita pode colocar mais de mil ovos no ambiente em que vive - e solo contaminado é osso duro de roer quando o assunto é extermínio de carrapatos.
O que carrapato faz com o hospedeiro?
Carrapatos podem ser vetores de outras doenças por meio do seu aparelho bucal. Ao picar o mascote, sua saliva pode estar infectada com outros parasitas, que podem trazer anemia ao seu mascote. Além disso, a ferida que causa essa picada pode ser fonte de outros problemas, como dermatites e bicheiras.
O que fazer para evitar que o carrapato suba no meu pet?
Felizmente, hoje há excelentes produtos que deixam não apenas carrapatos, mas pulgas e dirofilárias bem longe do seu mascote. Às vezes, o produto não impede que o carrapato suba pelo acima, mas corta seu ciclo reprodutivo, o que também é um problema. Verifique qual opção melhor se adapta ao seu mascote.
Atualmente, pode-se fazer uso até mesmo a pastilhas mastigáveis. E, no período de verão, não economize na segunda aplicação. Muitos fabricantes preconizam aplicação mensal para potencializar o efeito protetor de seus produtos.
Como saber se meu pet está com carrapato?
Essa é a questão: nem sempre você sabe que seu pet tem carrapato. Isso porque um ou dois dias depois de passear com ele pode ser visível pequenas “verrugas” em algumas partes do corpo - costumam dar as caras no pescoço, parte interna das coxas, entre os dedos e base da cauda.
Mas, dependendo da fome do parasita, as marcas podem estar em qualquer lugar. E se o pelo do seu mascote é alto, talvez passe despercebida a presença do carrapato. Às vezes, você nem precisa sair de casa para ter os minúsculos bichinhos no seu ambiente.
Se você tem a sorte de encontrar o carrapato colado na pele do animal, ainda há chance de encerrar o ciclo. Contudo, depois de cinco ou seis dias, o parasita cai no solo para por os ovos. E depois de um mês, aproximadamente, será possível verificar a presença assídua dele na pele do mascote.
O que fazer quando você encontra carrapatos colado no seu mascote?
Embora muitos veterinários orientem a buscar auxílio para a remoção - às vezes, o aparelho bucal fica grudado na pele e deixa aberto o ferimento -, deixar que ele sugue sangue do animal pode ser igualmente desastroso. Por estar na serra ou na praia, pode ser difícil ao tutor recorrer à assistência veterinária.
Se você vai passar um tempo fora de casa com seu mascote, saiba que no mercado pet existem pinças específicas para a remoção de carrapatos de forma mais eficaz. Mas, se você pretende puxar por conta própria, use as unhas bem rente à pele afetada para depois arrancar o parasita. Esta forma potencializa a chance de removê-lo em sua totalidade. Entretanto, o ferimento na pele prossegue edemaciado - inchado e vermelho -, podendo ser necessário o uso de medicação.
Achou aquele "feijão marrom" grudado no pet? Não se assuste, mas não deixe de pedir orientação veterinária porque a "família indesejada" já pode estar se proliferando no seu carpete, e isso exige cuidados específicos para acabar com ela. Da mesma forma, seria interessante verificar se seu mascote não foi contaminado, por meio do carrapato, pela Erlichiose canina, o que se pesquisa com o auxílio de exame de sangue.
Daisy Vivian é diplomada pela UFRGS em Medicina Veterinária e Jornalismo. É autora dos livros "Cães e Gatos Sabem Ajudar Seus Donos" e "Olhe-me nos Olhos e Saiba Quem Você É", histórias reais sobre pessoas e seus animais de estimação. Escreve semanalmente em revistadonna.com.