Lady Gaga chamou atenção nesta quarta-feira (4) ao desfilar no tapete vermelho do Festival de Veneza utilizando uma criação surrealista do chapeleiro irlandês Philip Treacy. Apelidado de "chapéu de asas de renda", o adereço foi criado em 2001 para a editora de moda Isabella Blow. As informação são do jornal O Globo.
Presente no evento para divulgar Coringa: Delírio a Dois, que chega aos cinemas brasileiros no dia 3 de outubro, a estrela apostou em um look all black. O destaque do visual ficou por conta da criação de Treacy, que cobria os olhos da artista com asas de renda — em uma silhueta semelhante aos chifres de Malévola, personagem da Disney.
O estilista de 57 anos tem criações que já vestiram personalidades como a rainha Camila, do Reino Unido, e as artistas Sarah Jessica Parker e Zendaya.
Origem da peça
Criado há mais de 20 anos para a editora britânica — e amiga pessoal do designer —, o modelo usado por Gaga foi produzido com veludo, brocado e renda. Na prática, estende-se sobre o rosto, mantendo quem o usa obrigatoriamente afastado de terceiros.
A peça excêntrica cumpre a função desejada por sua musa original, Isabella. Em uma entrevista concedida pela britânica em 2002, ela revelou a razão por trás de sua preferência por chapéus extravagantes.
— A moda é uma coisa vampírica (...) É por isso que eu uso os chapéus, para manter todos longe de mim — declarou ela ao The Guardian. — Eles dizem: "Posso beijá-la?" Eu digo: "Não, muito obrigado. É para isso que uso o chapéu. Adeus". Não quero ser beijada por qualquer um. Quero ser beijada pelas pessoas que amo.
Quem foi Isabella Blow?
Lembrada pelo uso de adereços excêntricos, Isabella Delves Brouhgton era uma referência fashion e ícone da moda no final nas décadas de 1980 e 1990. Exerceu forte influência nas carreiras dos designers Philip Treacy e Alexander McQueen.
Durante sua trajetória, trabalhou para a grife francesa Guy Laroche e para a revista Vogue, na qual foi assistente de Anna Wintour e, mais tarde, de Andre Leon Talley. Posteriormente, foi diretora de moda da publicação britânica Tatler.
Já no final da vida, Isabella Blow foi diagnosticada com câncer de ovário. Morreu em maio de 2007. Desde então, seu acervo de moda é disponibilizado por meio da mostra Isabella Blow: Fashion Galore!.