Fotos: Fábio Alt, divulgação A peça escolhida precisa “conversar” com o que você já tem no seu armário, ou há o risco de ficar jogada por lá sem uso, por não combinar com nada. Pense no seu guarda-roupa e nas possibilidades de combinações antes de adquirir uma roupa. A não ser que você seja habilidosa e faça os reparos (DIY, ou seja, do it yourself), para não gastar mais do que o valor pago com serviços terceirizados. Sem falar que ninguém mais tem tempo de procurar uma boa costureira ou alfaiate... Isso serve para ver o caimento da roupa e evitar comprar algo que não é o seu tamanho, esperando emagrecer. Se a dieta não funcionar ou demorar muito para surtir efeitos, você terá mais uma peça jogada no guarda-roupa sem uso. Madi Muller – Foto: Carlos Sillero, divulgação
Por Madeleine Muller, stylist
Uma das composições mais interessantes em um look é juntar uma peça vintage com uma contemporânea. Vintage é tudo que é antigo de fato e continua fazendo sucesso, já que a moda é cíclica e os estilos vão e vêm conforme as tendências. Para ser vintage , como já diz o nome, é preciso ter mais de 20 anos , então uma roupa ou acessório do ano passado não pode ser considerada vintage. Quando usamos algo que não é antigo, mas tem essa estética e parece remeter a estilos de décadas passadas, estamos falando de moda retrô. O motivo de levar essas peças para os looks é simples: o item vintage traz aquele quê de exclusividade à roupa nova, enquanto a nova atualiza a antiga, renovando sua possibilidade de uso.
Para isso, é preciso tempo e paciência para garimpar e encontrar esses tesouros nos brechós, briques e feirinhas que já são frequentes na maioria das cidades e escondem verdadeiros tesouros, visíveis apenas para olhares atentos.
E quem pensa que brechó é sinônimo de roupa usada, estragada ou mal higienizada, engana-se! Como a concorrência aumentou muito, quem trabalha nesse business sabe que uma boa curadoria de moda e cuidados/reparos constantes nas roupas, além de higienização no capricho, são fundamentais para fidelizar uma clientela que só cresce diante da economia que que se faz nesse tipo de compra. Além disso, há sempre a chance de encontrar peças de grifes famosas – e outras nem tanto – a preços acessíveis e cheias de estilo e história. E há até as roupas novas, ainda com etiqueta, que vão parar lá porque alguém desapegou algum presente ou compra que não serviu ou agradou... Enfim, há tantas histórias por trás dessas roupas.
Em comemoração aos seis anos de Brick de Desapegos, que faz evento neste domingo no Ocidente, em Porto Alegre, e lança coleção, preparamos este pequeno guia para suas próximas compras:
Dicas para comprar bem no brechó
1 – Não comprar só porque está barato
2 – Opte por peças em bom estado e que não demandem grandes reformas
3- Experimente antes de comprar
4 – Misture peças antigas com algo bem atual
Assim, você cria um visual exclusivo, só seu. Aquela bolsa de mão antiga ficará ótima com seu jeans rasgado e talvez você encontre botões ou broches de vovó para customizar sua jaqueta jeans e criar “aquele” efeito. Não precisa ficar com medo de parecer uma personagem de época, ok?
Ao comprar em um brechó você estará exercitando um consumo consciente e dando uma segunda chance a roupas que seriam jogadas fora, a maioria antes do fim de sua vida útil, por isso vale a pena garimpar. Além dos achados, da possibilidade de ter um look personalizado e um estilo único, você estará comprando a roupa mais sustentável de todas, que é a que já existe!
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