Foi confirmada, nesta terça-feira (10), em decisão unânime do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a condenação em segunda instância do ex-BBB Felipe Prior por estupro. As informações são do g1.
O crime aconteceu em agosto de 2014, diz denúncia do Ministério Público. A condenação em primeira instância ocorreu em julho do ano passado, com pena de seis anos de prisão em regime inicialmente semiaberto.
Os desembargadores analisaram o recurso de defesa de Prior, que foi participante do Big Brother Brasil em 2020, e mantiveram a condenação, subindo a pena em dois anos na mesma medida inicial de regime semiaberto.
De acordo com o TJ-SP, o ex-BBB responde mais três processos por estupro na Justiça do Estado.
O que diz Prior
A defesa de Felipe Prior ainda não se manifestou sobre a nova decisão. Em julho do ano passado, o ex-BBB postou um vídeo nas redes sociais no qual negava as acusações.
Na época, em nota assinada pelos advogados Carolina Tieppo Pugliese Ribeiro, Rafael Tieppo Pugliese Ribeiro e Celly de Mesquita Prior, advogados de defesa do arquiteto, eles diziam que Prior "não tomou conhecimento do teor das acusações de crimes que jamais cometeu, e que jamais cometeria".
O texto ainda dizia que "Felipe Prior repudia, veementemente, as levianas informações espalhadas sobre supostos fatos que teriam ocorrido há anos, mas somente agora, depois de ter adquirido visibilidade pública, são manobrados. Felipe Prior estará à disposição das autoridades para qualquer tipo de questionamento, e adotará todas as medidas necessárias contra os que investem contra a sua civilidade".
O crime
De acordo com a decisão de 2023, Prior teria dado carona à vítima e a uma amiga após uma festa universitária em agosto de 2014. Eles estudavam no mesmo campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Após deixar a colega em casa, Prior teria seguido em direção à casa da vítima e, em uma rua próxima, teria começado a beijá-la, passado a mão em seu corpo e puxado ela para o banco traseiro do carro. Na sequência, teria estuprado a vítima, que não conseguiu oferecer resistência pois estava alcoolizada.
Em um processo descrito como "complexo" pela sentença da 7ª Vara Criminal de São Paulo, a magistrada que assinou a primeira decisão afirmou que tanto os depoimentos das vítimas quanto das testemunhas foram coerentes e, com as provas, formaram um "conjunto robusto" para que Prior fosse condenado pelo crime.