Tadeu Schmidt parece ter uma visão bastante otimista do futuro quando se trata do preconceito com a comunidade LGBT+. O apresentador do BBB é pai de Valentina, que se declarou queer há dois anos, o que nunca foi um problema para ele.
— Não tenho a pretensão de ver esse futuro, mas imagino que daqui a 200 anos vão olhar para trás e pensar: "Meu Deus do céu, no século 21 as pessoas se importavam com a orientação sexual dos outros por quê?" — reflete Schmidt em entrevista à revista Quem.
Escalado para comandar o programa Central Olímpica com Fê Garay durante os Jogos Olímpicos de Paris, o apresentador de 49 anos contou como ele mesmo foi mudando a percepção que tem sobre o assunto ao longo dos anos.
— Eu cresci numa sociedade homofóbica. Sou de uma geração absolutamente homofóbica, que ia para o estádio e atacava o outro por xingamentos homofóbicos, que fazia piada homofóbica, que criticava alguém e falava assim: "Ah, fulano tem sucesso, mas é gay, né?", como se isso fosse um problema — recorda ele.
— Erámos mais preconceituosos no passado, estamos menos preconceituosos hoje e seremos muito menos preconceituosos no futuro até um ponto em que vai acabar o preconceito. É um caminho inexorável, não tem como voltar atrás — avalia ainda.
Schmidt ainda aconselhou os pais que têm dificuldade de aceitar ou compreender filhos queer (pessoas que não se enquadram nas definições estabelecidas de gênero e sexualidade).
— Não tem porque você ficar se preocupando, criticando. Não existe nada de errado na orientação sexual da pessoa. Isso diz respeito a ela — diz ele. — Errado é trair, é você ser um casal hétero e ter várias amantes. Errado é ser desonesto, ser mentiroso.
O apresentador ainda conta que costuma pedir a opinião das filhas, ele também é pai de Laura, do casamento com Ana Cristina, quando vê uma piada em um stand-up e tem dúvida se ela foi machista ou não. Schmidt garante que nunca será "à prova de falhas", mas que é contra o cancelamento, pois entende que muitas pessoas cometem deslizes na maneira como falam, assim como ele já cometeu, por conta do jeito como foram criados. Ele afirma que costuma dar um toque nos amigos e pessoas próximas quando usam termos preconceituosos.