A ex-BBB Eslovênia Marques se tornou alvo de polêmica por conta de um procedimento estético realizado no início do ano. Conhecido como UGraft, a cirurgia é uma lipoaspiração que promete melhorar a definição muscular. A técnica divide opiniões entre os especialistas, mas a clínica estética que realizou o procedimento garante que ela é segura.
De acordo com Eslovênia, alguns boatos sobre o procedimento estão circulando nas redes sociais e por este motivo ela decidiu se posicionar. Em uma nota publicada em conjunto com a clínica JK Estética Avançada, ela afirma que a origem dos boatos é desconhecida e garante a segurança do procedimento.
"Os riscos apontados não condizem com o procedimento de lipoaspiração feito na influenciadora no início do ano. Na ocasião, foi realizada uma LAD Avançada associada a UGraft, que melhora a definição muscular e, quando realizada de forma correta, não apresenta riscos de embolia, como informa a Associação Brasileira de Cirurgiões Plásticos (Brazilian Association of Plastic Surgeons)", informou o texto.
A nota reforça que o procedimento oferece riscos comuns a qualquer cirurgia, mas foi realizada de forma segura, para não expor a influenciadora a nenhum perigo. Após a publicação, Eslovênia também se manifestou em vídeo nos stories do Instagram.
— Desde ontem, têm saído algumas notas sobre a minha cirurgia, notas mentirosas, que são fake news. Nesse caso, acho que é maior que a minha opinião, se trata de saúde, responsabilidade social, então eu me sinto no dever de vir aqui postar isso pra vocês. Eu jamais colocaria a minha vida em risco e jamais influenciaria vocês a tal coisa — afirmou.
A nota informa ainda que a ex-BBB e a clínica entrarão com medidas judiciais cabíveis em razão dos boatos.
Procedimento divide opiniões
A lipoaspiração UGraft consiste em retirar gordura de uma parte do corpo, como braços, costas ou cintura, e injetar nos músculos abdominais. Porém, antes de ser reintroduzida no corpo, a gordura precisa passar por um tipo de processo de purificação. Essa etapa precisa ser realizada em até 60 minutos para diminuir as chances de uma infecção.
De acordo com Alexandre Kataoka, cirurgião plástico coordenador da Câmara Técnica do CRM/SP (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) ouvido pela revista Quem, o procedimento oferece mais riscos do que benefícios.
De acordo com o médico, pequenos pedaços de gordura podem se desprender do vaso sanguíneo e atingir outros órgãos, como coração, cérebro ou pulmão. Ele disse não haver comprovação da segurança da cirurgia e que, em 2016, a Sociedade Americana de Cirurgia Plástica lançou um alerta mundial sobre os riscos de injeção de gordura intramuscular, algo que poderia levar a problemas como trombose, embolia pulmonar e AVC.
— Os médicos que a fazem não estão agindo errado, mas estão assumindo um risco. A parede abdominal é fina. Quem garante que a gordura não vai migrar para os órgãos? Existem riscos grandes — afirmou à revista.