O Miss Universo 2023 terá, pela segunda vez, uma candidata transgênero disputando a final. Trata-se da modelo e atriz Rikkie Valerie Kollé, 22 anos, eleita Miss Universo Holanda no último sábado (8).
Embora o concurso tenha alterado suas regras em 2012, permitindo a participação de mulheres trans, foi somente em 2018 que a edição mundial teve a primeira classificada para a edição mundial – a espanhola Angela Ponce. Ela não ficou entre as 20 semifinalistas, mas foi homenageada no palco.
Cerca de cinco anos depois, Rikkie conquista seu lugar no Miss Universo. Pelas redes sociais, ela deixou seu recado:
"Estou tão orgulhosa e feliz que não consigo descrever. Deixei minha comunidade orgulhosa e mostrei que isso pode ser feito. 🏳️⚧️
E sim, sou uma mulher trans e gostaria de compartilhar minha história, mas também sou Rikkie e é isso que conta para mim.
Fiz isso com minhas próprias forças e aproveitei cada momento", escreveu em uma publicação.
Mudança de rumo
A partir deste ano, o Miss Universo passa a aceitar também participantes casadas, divorciadas, grávidas e mães. A diretora-geral da franquia Miss Universo Brasil, Marthina Brandt, recebeu o novo regulamento com entusiasmo.
Na época do anúncio, ela comemorou.
— Nós representamos uma franquia e a decisão da matriz sempre será respeitada. O Miss Universo é atual e inovador. Por isso, inclusive, é um concurso que foi criado em 1952 e é icônico até hoje. É preciso reconhecer que somos muitas, diversas e, portanto, é preciso ter um olhar interseccional e de respeito para aceitar os muitos papéis que conquistamos e temos direito — afirma a gaúcha, que ganhou o título nacional em 2015.