A drag queen Kaká Di Polly, considerada um ícone LGBTQIA+, morreu nesta segunda-feira (23), em São Paulo. Conforme o G1, ela estava internada desde 19 de janeiro em razão de uma dor lombar, e sofreu parada cardíaca ao fazer um exame de rotina. A informação foi confirmada por meio de nota no Instagram da artista.
"Em nome da família, com muito pesar, comunicamos o falecimento da Kaká Di Polly na tarde de hoje. Assim que tivermos as informações sobre o velório e enterro informaremos", diz a publicação.
Fez história
Kaká di Polly é considerada como uma pessoa que abriu as portas para muitas gerações de drag queens. Ela é reconhecida por lançar luz às causas LGBT+, especialmente, por um episódio em 1997, quando parou a Avenida Paulista.
Kaká deitou-se na via, fingindo passar mal, para tentar distrair policiais que barravam a saída da primeira Parada Gay na cidade de São Paulo. E foi assim que o caminhão seguiu pela avenida, acompanhado pelos participantes. Na época, o evento não somava as multidões que arrasta atualmente e contava com uma estrutura pequena.
Ela foi uma as artistas retratadas no livro Drags, do fotógrafo Paulo Vitale, publicado em 2022. No texto de apresentação, o jornalista americano Matthew Shirts, escreveu sobre sua importância histórica.
— Para um país que viveu sob a mão opressiva da ditadura militar (...) foi um momento espetacular e comovente. O país desfilou para frente e passou a desfrutar muito de sua nova liberdade (...) Kaká ajudou a soltar o gênio da lâmpada — falou Vitale ao G1.
Homenagens
Nany People fez uma publicação nas redes sociais para homenagear a diva. "Obrigada por ter convivido com você em um tempo que a noite ainda era divertida e múltipla. Obrigada pelas ligações repentinas sempre com alguma novidade ou notícia", escreveu.
Nos comentários, fãs, amigos e famosos lamentaram a morte e agradeceram pelo legado deixado por Kaká. "Meus sentimentos a toda familia, grande amiga e grande personalidade", escreveu Dicesar. Sabrina Sato publicou: "Para sempre Kaká di Polly".