A cantora Adele, que está prestes a lançar seu novo álbum, contou que se reconciliou com o pai, Mark Evans, pouco antes de ele morrer de câncer em maio deste ano. Ela falou sobre o assunto em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey. De acordo com o relato da conversa publicado pelo jornal Daily Mail, a artista afirmou que os dois fizeram as pazes e ela inclusive esteve com ele nos seus últimos dias de vida.
— A absoluta falta de presença e interesse do meu pai… Eu finalmente entendi que isso era culpa do álcool. Foi o que tirou o meu pai de mim — disse a cantora. — (O álcool) foi o que o tirou de mim. Assim que compreendi isso, constatei que tinha muito trabalho a fazer comigo, parei de beber e passei a malhar muito.
Adele relatou ter sido abandonada pelo pai aos três anos, apesar de ter mantido certo contato com ele durante a infância. Porém, na adolescência, os dois se afastaram de vez. Em 2011, Evans chegou a dar uma polêmica entrevista ao jornal britânico The Sun, na qual afirmava ter sido um "pai podre" e, por isso, ser o culpado pelos problemas amorosos da filha. Na época, a cantora afirmou à revista Vogue britânica que não tinha intenção de reatar a relação com o pai.
Na recente entrevista à Oprah, Adele contou que seu pai admitiu só ter ouvido uma única música sua, Hometown Glory, feita quando ela tinha 16 anos. Ele teria explicado que evitava ouvir o resto por não querer sofrer com as letras. Mas, após reatar o contato, a artista fez questão de colocar seus discos para que ele ouvisse.
— Eu o forcei a ouvir e então nós dois choramos — relatou ela. — Ele então finalmente compreendeu meus traumas de infância por meio das minhas músicas. E ele ouviu todos os discos, todo 19, todo 21, todo 25. Minha mãe também ajudou a cuidar dele no fim. As (músicas) favoritas dele são as minhas favoritas, o que achei maravilhoso.
Mark Evans morreu aos 57 anos, vítima de um câncer de intestino.
Ainda na entrevista, Adele abriu o jogo sobre seu divórcio de Simon Konecki. Para ela, a parte mais difícil foi explicar o término para o filho, Angelo, hoje com nove anos.
— A parte mais difícil foi tentar explicar a um menino de seis anos que eu o amo (Konecki), mas simplesmente não estou apaixonada por ele — relembrou.
