Coroada Miss Nevada no último fim de semana, Kataluna Enriquez se tornará oficialmente a primeira candidata trans a competir pelo título de Miss Estados Unidos.
— Esta vitória é uma grande honra, principalmente durante o Mês do Orgulho — disse a jovem de 27 anos, que até o ano passado havia participado apenas de concursos de beleza trans.
De origem filipina, a Miss Nevada contou, durante o concurso, que sofreu assédio e violência por causa de sua identidade.
— Disse aos juízes que, como uma mulher trans negra e sobrevivente de violência física e sexual, sou tudo o que é subrepresentado neste país. Nossas vozes contam — afirmou ela ao Las Vegas Review Journal.
Kataluna, que desenha e costura as roupas que usa nas competições, representará o estado de Nevada em 29 de novembro no concurso de Miss EUA. Caso seja vencedora, representará os Estados Unidos no Miss Universo. Vale lembrar que, em 2018, a Espanha foi representada por Ángela Ponce na grande final, também mulher trans.
O concurso de Miss Universo está aberto a pessoas trans desde 2012, mas nenhuma havia chegado a esta fase da competição antes de Ángela.
A organização Miss Universo, que na época pertencia a Donald Trump, estrelou um acalorado debate naquele mesmo ano depois que Jenna Talackova foi desclassificada da final canadense de Miss Universo por não ter "nascido naturalmente mulher".