Pela primeira vez em quase 24 anos, MonSef Dahman, um dos médicos que atendeu a princesa Diana na noite em que ela morreu, em Paris, falou a um jornal sobre o ocorrido. De acordo com o cirurgião, após o incidente, pessoas passaram a se infiltrar no hospital público Pitié-Salpêtrière, fingindo ser parte da equipe da instituição.
— Vimos pessoas se disfarçando (de equipe médica), empurrando carrinhos, tentando obter informações — disse Dahman ao jornal britânico Daily Mail.
Conforme o relato do médico, na noite em que atendeu Diana, ele estava vestindo roupas e sapatos brancos, que acabaram manchados com o sangue da princesa. Ele conta que somente na manhã seguinte percebeu as manchas no calçado.
— O hospital é muito grande e eu estava andando entre prédios, quando um francês se aproximou de mim e disse: 'Tenho interesse em seus sapatos. Eu quero comprá-los. Eles têm sangue real" — lembra o cirurgião, que afirma ter ficado horrorizado e procurado limpar os sapatos o mais rápido possível.
Dahman também ressaltou que, naquele 31 de agosto de 1997, a equipe fez tudo o que era possível para tentar salvar a vida de Diana. Disse que, apesar de o rasgo na veia pulmonar superior da princesa ter sido suturado, seu coração não voltou a bater.
— Lutamos muito, tentamos muito. Quando você está trabalhando em condições como aquela, você não percebe a passagem do tempo — disse o médico, e complementou:
— A única coisa importante era fazer tudo o que fosse possível por ela.
De acordo com a publicação britânica, uma das razões pelas quais o cirurgião está se pronunciando agora é para rechaçar teorias de que a equipe médica do hospital estaria envolvida em uma suposta trama de assassinato à princesa.