Pela primeira vez na vida, a apresentadora Fernanda Lima posou ao lado dos filhos, os gêmeos João e Francisco, de 12 anos, e a caçula Maria Manoela, de um ano, para uma capa de revista. Em entrevista à Marie Claire, publicada nesta segunda-feira (3), a gaúcha e o marido, o também apresentador Rodrigo Hilbert, abriram o jogo sobre a criação dos filhos e o casamento.
Os dois, que decidiram manter um perfil discreto em relação às crianças na mídia, explicaram como conversam sobre a fama com as crianças.
— No Rio, muitos paparazzi nos perturbavam, ficávamos um pouco constrangidos e as crianças, pequenininhas, também — contou Fernanda.
— Eles diziam: "Papagaio, mamãe, papagaio, papai. Vamos fugir" — acrescentou Rodrigo.
— Um deles me perguntou se poderia fazer alguma coisa, não lembro o quê. Questionei por que faria aquilo. Ele respondeu: "Ué, porque eu sou famoso". Me desceu supermal e comecei a explicar que a fama deveria ser consequência de algo que a pessoa tenha feito, uma contribuição interessante e admirável que traga notoriedade e relevância — relatou Fernanda.
Na conversa, os dois também refletiram sobre os valores que priorizam na criação dos pequenos.
— Com a Fernanda em casa, não tem como não eles não terem uma criação feminista — declarou Rodrigo.
— Desde o início, falo para eles: "Nada do que vocês me falarem vai me assustar, porque praticamente tudo o que vocês estão vendo e ouvindo a gente já ouviu também ou está ouvindo agora". Buscamos passar para eles que nos sentimos preparados para ampará-los e para conversar abertamente sobre qualquer questão que tiverem — pontuou a gaúcha.
Todo mundo quer ter a sorte de um amor assim
FERNANDA LIMA
sobre casamento com Rodrigo Hilbert
Já sobre a parceria do relacionamento, que já dura 20 anos, Fernanda sorriu ao dizer:
— Todo mundo quer ter a sorte de um amor assim. Sem querer contar vantagem, mas a gente vive uma relação muito saudável, tranquila e verdadeira. Que bom que conseguimos refletir isso para as pessoas.
— Meu avô chegou a completar 50 anos de casamento, minha meta é bater ele. Olha a masculinidade tóxica aí — brincou Rodrigo. — Preciso chegar até os 60 anos, que são bodas de diamante.
Por fim, a apresentadora contou que a perda do pai, Cleomar Lima, em julho do ano passado, após mais de 120 dias internado por conta de complicações da covid-19, fez com que ela tivesse a certeza de que quer "momentos intensos e pessoas que façam a diferença" na sua vida.
— Se eu e o Rodrigo nos desentendemos ou eu brigo com os meninos, por exemplo, não deixo que aquilo dure muito tempo. Eu antes era um pouco mais orgulhosa nesse sentido — refletiu.
Para lidar com o luto, ela encontrou apoio no amor da filha, que na época tinha apenas oito meses e visto o avô só três vezes.
— Durante a catarse, falava para ela: "Maria, tudo do vovô está aqui dentro de mim. Tudo o que ele me passou, toda a força e intensidade dele vou passar pra ti, não precisa se preocupar". Foi uma coisa muito forte e especial, uma transferência de amor — concluiu.