A apresentadora gaúcha Fernanda Lima participou do programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (16), para falar sobre o seu novo programa de TV ao lado do marido, Rodrigo Hilbert, chamado Bem Juntinhos, que estreou nesta quinta-feira (15), no GNT. Uma prévia da atração, na qual os dois contavam que Rodrigo havia construído a capela onde eles se casaram na pandemia no sítio da família, já vinha movimentando as redes sociais nas últimas semanas. Na conversa, ela abordou o assunto:
— É preciso ressaltar que o Rodrigo realmente é um cara muito prendado, que vem de uma origem bastante humilde, como grande parte dos brasileiros. Pode até ser uma boa matéria: se vocês forem pesquisar, tem muitos "Rodrigo Hilberts" aí no Brasil afora. Porque as pessoas constroem, sim, suas próprias casas, seus próprios banheiros, suas próprias capelas. A vida não é fácil, e as pessoas mais humildes tem que saber fazer isso. Então o Rodrigo vem de um lugar em que ele tinha que saber fazer isso. Claro, ele tem alguns atributos por ser um cara muito lindo, por estar na televisão e tal. E também é preciso dizer que, no Fantástico, quando eu falei que o Rodrigo construiu a capela e me pediu em casamento, eu não falei que ele fez com as próprias mãos. Eu falei que ele construiu, mas, na verdade, como quando a gente constrói uma casa, a gente chama outras pessoas — disse ela.
A revelação de que Rodrigo não tinha construído a capela sozinho agitou o programa, e Fernanda explicou melhor:
— Eu falei que ele construiu a capela e me pediu em casamento. Eu não falei que ele construiu com as próprias mãos cada tijolo, pintou e tal. Não foi isso que eu disse, vocês que entenderam assim (risos). — frisou. — Ele construiu junto com outras pessoas! Tem uma coisa importante de falar também que é: a gente nunca está sozinho. Estou falando por ele, de repente ele vai ouvir e nem vai gostar do que eu estou falando. Mas é importante lembrar que tem outras pessoas, parceiros, amigos, que podem colaborar para esses projetos.
Em seguida, Fernanda contou como foi organizar o casamento surpresa para o marido. Um detalhe curioso lembrado pela jornalista Kelly Matos foi o traje do apresentador para a cerimônia: uma bermuda de jogar futebol. Mas Fernanda defendeu a escolha do marido:
— Como eu armei essa história bem organizadinha, e a gente estava em uma situação de pandemia, que a gente não se preparou, foi para o sítio usando o que tinha lá, não tinha muita roupa. As crianças foram crescendo e estava tudo pequeno. Como eu organizei para todo mundo estar de branco, ele também não tinha roupa branca. Eu olhei no armário dele e, de fato, só tinha essa bermuda. Que é assim, um trapo. Eu separei a bermuda porque eu não ligo para essas coisas, eu estava achando tudo muito divertido dessa maneira. Tanto que as crianças também não tinham roupa branca, um estava com uma camisa minha e o outro eu nem lembro o que coloquei, mas fui catando o que tinha de branco. Foi o que deu, não é que ele colocou a bermuda de futebol porque ele escolheu, era a única que tinha — esclareceu, bem-humorada.
A gaúcha relatou ainda que, para surpreender o marido, precisou contar com a ajuda da família toda na operação. Enquanto Rodrigo dormia, todos organizavam os preparativos.
— Até ele acordar, foi uma correria. Eu tinha juntado por um mês folhas secas para jogar dentro da capela, eu tinha separado a bebida, o bolo, tudo escondido, tudo correndo. Quando ele foi dormir, foi tipo: 3, 2, 1, ele foi dormir, vai! E fomos organizar tudo, foi uma puta adrenalina. Fui para o meu lugarzinho de ioga, me maquiei um pouco, arrumei a roupa, o cabelo, arrumei os meninos, nos organizamos. Daí: ele está acordando! A gente tinha aqueles walkie talkie, foi muito engraçado, parecia uma cena de filme. Ficamos esperando atrás do barquinho até entrar, eu e os meninos super nervosos, parecia que tinha cinco mil pessoas. A gente estava super emocionado, porque nunca conseguimos pegar ele em nenhuma surpresa — contou.
Questionada se ele não desconfiava da surpresa, ela garantiu:
— Zero! Ele construiu essa capela há uns sete, oito anos.
Por fim, falou que a perda do pai, Cleomar Lima, em julho do ano passado, após mais de 120 dias internado por conta de complicações da covid-19, fez com que ela resolvesse comemorar mais os momentos ao lado da família.
— Nunca me dei muito bem com essa história de casamento, fui prorrogando. Pensávamos: "vamos fazer só para nossa família", e nunca calhava de estar nossa família toda. E daí por conta dessa tristeza de ter perdido meu pai, comecei a entrar numas de que a gente só tem o hoje, sabe? E quem a gente tem a gente precisa valorizar, precisa celebrar. Mesmo ali no nosso casamento, era um momento muito triste da nossa vida, as crianças nunca tinham lidado com perda, foi tudo muito forte. Então foi mais um motivo. Eu queria que minha mãe estivesse lá, eu queria que minha sogra estivesse lá, mas não tinha como. Então eu falei: eu vou fazer desse jeito porque eu quero esse registro para nossa vida, acho que isso vai nos unir mais, vai ser um momento especial para eles — concluiu.