Nesta terça-feira (25), completa um ano da morte da atriz e escritora Fernanda Young, que morreu ao ter uma crise de asma seguida de parada cardíaca no ano passado. Nas redes sociais, a hashtag #CartasParaFY ganhou força e personalidades usaram seus perfis para prestar homenagens à artista. Confira:
Fernanda Nobre
A atriz Fernanda Nobre compartilhou duas gravações em seu perfil. Na primeira, contou como conheceu Young, durante a produção de uma peça de teatro, e escreveu na legenda:
"Como já passou um ano? Como falar de você no passado? Alguém tão insubstituível. Ainda não me acostumei. Parece mentira. Parece que a qualquer momento vou receber um áudio seu com aquela sua voz de quem tá de pantufa na cama. Você faz muita falta diariamente e eternamente. Pedimos Heineken em sua homenagem, estamos ritualizando a noite de hoje e relembrando de momentos com você. Abri a câmera para que todas as pessoas que te amam e que também estão morrendo de saudade sorriam lembrando de você. Queria ter vivido mais coisas ao seu lado. Mas já agradeço por ter me dado tantas lembranças e pessoas incríveis".
Em seguida, postou outro vídeo mostrando alguns objetos de Young que ficaram na sua casa.
"Algumas Heinekens depois, vou mostrar alguns objetos seus que agora moram com a gente. Saudade grita aqui", escreveu.
Marisa Orth
A atriz Marisa Orth também compartilhou um vídeo em seu perfil falando de Young.
— Fe, estou de óculos, você ensinou que assim é chique. Da nossa intimidade não vou falar aqui, não. E espero que todo mundo pense que a gente teve um caso tórrido, para mim é chiquérrimo que as pessoas imaginem isso, você é tão linda. Eu só queria você de escritora agora. Queria o peso da sua caneta, o peso dos seus dedos no teclado, para falar sobre essa situação que a gente está vivendo. Aquele humor que doía. E outra, Fernanda, quarta-feira (26), vou fazer Saia Justa, você acredita? Virtual. Você não sabe o que está isso aqui. Queria tanto comentar contigo — disse ela.
Flavia Garrafa
A atriz Flavia Garrafa também compartilhou uma gravação homenageando Fernanda.
— Ah, Fernanda, como eu queria saber a sua opinião sobre o mundo. Que momento cafona esse que estamos vivendo, hein? Eu acho esta uma das mais doídas saudades: quem fica não pode mais saber a opinião de quem se foi. Um ano da sua morte e o mundo está, por incrível que pareça, mais bizarro e mais cafona. Confesso que eu fico imaginando seus posts, seus áudios, seus bordados, seus desenhos, tudo sobre hoje. Confesso também que fico imaginando qual seria a máscara que você sairia de casa. Com certeza eu ia copiar. Você sempre tão moderna, chique, nata, nada cafona. Eu gostaria de dividir aqui o privilégio que foi conviver com você — refletiu.
Cecília Young
A filha de Fernanda, Cecília, de 20 anos, fez um texto emocionante em seu perfil do Instagram, refletindo sobre a dor que ainda sente pela morte da mãe.
"A morte é um conceito estranho. Pouca gente consegue entender o que realmente significa. Eu gostaria de dizer que eu sou uma delas. A verdade é que, mesmo observando ela de mais perto do que eu gostaria, a morte ainda é algo assustador. Tive um ano para me acostumar e ver ela como algo além de terrível, isso ainda não aconteceu. Não imagino que irá acontecer tão cedo. Hoje a Maria Ribeiro me falou uma coisa importante: a gente não pode fugir da dor. Acho que a maior parte do tempo eu fico tentando criar uma ideia mais atraente do acontecido, fazer uma piada ou desviar o assunto. Faz um ano do falecimento da minha mãe e eu não tenho nada mais poético do que a dor para expressar aqui. Fico imaginando que as pessoas esperem que eu fale alguma coisa motivadora, mas dessa vez eu não consigo colocar nada no papel. Só sei que ainda sinto minha mãe perto de mim. Talvez uma boa consolidação disso é que sempre terei os sapatinhos absurdamente pequenos dela para me lembrar da sua mente absurdamente grande", desabafou.
Além dela, Fernanda também era mãe de Estela May, irmã gêmea de Cecília, Catarina Lakshimi e John Gopala, ambos de 11 anos, frutos de seu relacionamento com o roteirista Alexandre Machado.
Estela também compartilhou uma homenagem à mãe, um poema escrito na parede.