A apresentadora Ana Hickmann contou, em participação no programa de entrevistas da atriz Thais Fersoza no Youtube, exibido nesta quarta-feira (15), que ela e o marido, Alexandre Corrêa, decidiram adiar os planos de ter mais um filho em função da pandemia de coronavírus. Ambos já são pais de Alexandre, de seis anos.
— Hoje eu tenho a certeza de que minha família está bem, que eu estou bem. Mas a gente sabe que corre riscos todos os dias. Como a gente não sabe ainda o que pode acontecer com quem for acometido pela covid-19, eu tenho medo de engravidar hoje. Se por acaso acontecer isso comigo, o que pode ter como consequência depois? Posso estar falando uma grande bobagem, mas tenho esse medo — explicou ela.
Em seguida, exemplificou o medo com o zika vírus.
— Já tenho 39 anos. O relógio biológico conta contra a gente. Porém, fico pensando: "Será que essa vontade agora não seria um pouco de egoísmo por colocar em risco uma vidinha que depende de mim e que poderia sofrer consequências no futuro?". Por exemplo, o zika vírus. Ninguém sabia que poderia ter consequências para o bebê — disse ela. — Parei para pensar e falei: "Alê, a gente pode querer muito, mas será que não é mais seguro só esperar um pouquinho?". Filho a gente pode ter de barriga ou não. A gente é muito tranquilo em relação a isso.
Na conversa, Ana também falou sobre o seu casamento, que já dura 22 anos. Na época, ela tinha 16 anos e ele 32.
— Certeza nenhum dos dois tinha. Mas no momento foi uma necessidade. A gente estava namorando há alguns meses, eu estava me preparando para ir para a França para trabalhar (como modelo). Só que lá, para ter toda a documentação de trabalho, ou você é maior de idade ou é emancipada. O mais rápido seria o casamento, tecnicamente falando. Lógico que com a concordância do meu pai e da minha mãe. Aí o Alexandre olhou para mim e falou: "Por que a gente não se casa hoje, vai ao cartório, fala com seus pais? Amanhã a gente separa e está tudo certo. Mas você consegue sua emancipação rápida". Eu falei: "Mas não sou mulher de me casar e o negócio acabar desse jeito. Posso ser novinha, mas não sou mulher para isso, não. Se o negócio vai ser, vai ser de verdade. Vai juntar os trapinhos e acabou". Ele virou para mim e falou: "Tá bom". E foi. Construímos tudo juntos — contou.
Ana também relembrou que, no início, a situação financeira dos dois era bem apertada, mas que isso os fortaleceu.
— Os dois não tinham nada. Quando me casei, fomos morar na casa da minha sogra. Nós não tínhamos carro, nada. Para podermos viajar e sair do Brasil, ele vendeu o equipamento de som que tinha para a gente ter uma grana. Não sei como seria hoje se eu não tivesse encontrado o Alê e a gente não tivesse começado a nossa história desse jeito. Acho que essas experiências fazem com que tudo isso possa acontecer. Eu tenho certeza de que vai ser assim para o resto da vida — garantiu.
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