Raquel Virgínia, vocalista da banda As Bahias e a Cozinha Mineira, afirma ter sido vítima de racismo em um Shopping Bourbon, na Zona Oeste de São Paulo, na noite da última quinta-feira (7). Segundo a cantora, um segurança do local teria a chamada de p.... Ela relatou o caso em suas redes sociais e requisitou providencias à instituição.
De acordo com Virgínia, ela estava fazendo compras no local quando passou por um grupo de adolescentes negros, que estavam sendo abordados por seguranças do shopping. A cantora questionou o que estava acontecendo, ao que eles garantiram que uma loja tinha reclamado dos jovens. Como os seguranças não sabiam o teor das reclamações, a artista disse que as crianças poderiam ir embora.
A partir daí, ela entrou em uma discussão com os seguranças. "O tempo todo [o segurança] perguntou quem eu era. Eu respondi 'uma cidadã, que paga impostos e não vai compactuar com o crime do racismo'". Após o caso, Virgina, que é uma transexual, voltou às compras, mas foi abordada uma segunda vez pelo mesmo segurança.
"Ele olhou minhas sacolas, por certo pra saber meu poder de compra. Eu falei pra ele: 'pode olhar, sou rica, comprei bastante coisa e tudo coisa cara. Fruto de estudo e competência'. Ao que ele me disse: 'tem que estudar pra ser p... e fazer programa?'. Tenho vídeos."
Ela ainda fez mais publicações cobrando explicações do Shopping Bourbon. De acordo com o G1, a instituição afirmou, por meio de nota, que "repudia qualquer forma de racismo ou ato discriminatório" e "informa que todos os procedimentos e protocolos de abordagem a clientes estão sendo reavaliados junto à empresa terceirizada responsável pela segurança do shopping".
Veja as publicações de Raquel Virginia:
