Catriona Gray, representante das Filipinas, foi a vencedora do Miss Universo 2018, que ocorreu na noite de domingo (16), em Bangkok, na Tailândia. O segundo lugar ficou com a Miss África do Sul, Tamaryn Green, e o terceiro com a Miss Venezuela, Sthefany Gutiérrez.
Mayra Dias, Miss Brasil 2018, ficou entre as 20 semifinalistas, conquistando a vaga na repescagem, mas não chegou a se classificar entre as dez que partiriam para o desfile de traje de banho.
Apresentadora de TV, cantora e modelo, a Miss Filipinas tem 26 anos e era a concorrente mais popular nas redes sociais, somando mais de 1 milhão de seguidores em seu perfil no Instagram. Ela recebeu a coroa das mãos da Miss Universo 2017, a sul-africana Demi-Leigh Nel-Peters.
Esta é a terceira vez que as Filipinas ganharam o concurso - a última, em 2015, foi em meio a uma confusão. O apresentador Steve Harvey cometeu um erro e anunciou a vitória da Miss Colômbia. Em meio a constrangimentos, teve que repassar a faixa à Pia Alonzo Wurtzbach, representante do país asiático naquele ano.
Mais uma vez, a final foi apresentada pelo empresário, ator e escritor que, além da carreira multifacetada, sabe que sempre será lembrado pela gafe cometida na apresentação do Miss Universo 2015. O episódio foi recuperado pelo próprio apresentador em vários momentos nesta edição, inclusive na hora de introduzir o júri:
– Cuidado para não cometerem erros, hein? – comentou.
O corpo de júri, aliás, foi um dos pontos que chamou a atenção: pela primeira vez, apenas mulheres estiveram na comissão. Empresárias, personalidades da moda e ex-titulares do concurso decidiram o resultado que deu o título à Miss Filipinas.
Pelo segundo ano consecutivo, a modelo Ashley Graham comandou a apresentação dos bastidores do concurso. Ela esteve acompanhada da modelo Lu Sierra e do apresentador Carson Kressley. A música ficou a cargo do cantor americano Ne-Yo.
Miss trans faz história no concurso
O concurso permite a participação de mulheres trans desde 2012, mas essa é a primeira vez que uma chega à final. Angela Ponce, da Espanha, não se classificou entre as semifinalistas, mas protagonizou um dos momentos mais marcantes e emocionantes da noite. A organização fez uma homenagem, reconhecendo sua conquista histórica.
Em vídeo exibido no telão durante a final, a espanhola contou sobre os desafios que enfrentou, inclusive no universo dos concursos de beleza, por fazer parte da comunidade LGBT:
– Somos muito diversos no mundo, minha esperança é que amanhã podemos viver num mundo com igualdade para todos. Se eu posso dar isso ao mundo, eu não preciso ser miss Universo, eu só preciso estar aqui – afirmou Angela.
Ela desfilou erguendo a faixa e foi bastante aplaudida pela plateia.
Brasileira reafirma compromisso com o meio ambiente
Esta edição trouxe também algumas novidades, como a possibilidade de as vinte semifinalistas apresentarem um discurso de 15 segundos. A Miss Brasil aproveitou a oportunidade para reafirmar o compromisso de um reinado que defenda o meio ambiente:
– Tenho orgulho de dizer que sou da Amazônia, no Brasil. Minha missão é conscientizar sobre a importância do meio ambiente, crucial garantir o futuro das próximas gerações, conservar a Amazônia é crucial – discursou Mayra.