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Ele é referência na fotografia de moda. Basta dizer que assinou mais de cem capas da Vogue e tem no currículo ensaios com nomes como Gisele Bündchen, Adam Levine, Rita Ora e Ashton Kutcher. Estamos falando de Jacques Dequeker, fotógrafo gaúcho que ganhou o mundo com seu trabalho, também conhecido por seus fashion films - formato que conquista cada vez mais visibilidade no mercado. Por todos esses motivos, ele está no júri do La Jolla Fashion Film Festival 2017, principal evento internacional de filmes de moda e que se encerra neste sábado em San Diego, nos EUA.
– Fui um dos pioneiros em fashion films no Brasil, fazendo para a Vogue o primeiro do gênero em 2009, em parceria com o diretor Arturo Querzoli. E não parei mais. Fiz centenas e pude acompanhar a evolução também fora do Brasil – diz Jacques. – No começo, eram mais mulheres fazendo poses. Depois, os filmes ficaram mais elaborados, com roteiro. A seguir, Jacques revê momentos de seus 17 anos de carreira.
Ao longo da sua carreira, como você avalia as mudanças e os avanços do mercado de moda e da fotografia de moda no Brasil?
A era digital mudou todo o formato de pensar e de trabalhar. O fotógrafo começou a dividir mais seu olhar com a equipe, a globalização deixou tudo mais dinâmico, aproximou profissionais ao redor do mundo. Antes, era comum comprar uma revista importada que tinha sido fotografada há três ou quatro meses antes para usarmos como referência, para sair dois meses depois no nosso mercado, ou seja um atraso de seis meses para o que estava acontecendo no mundo. Hoje, bebemos todos da mesma fonte, e isto é ótimo, pois deixamos de ficar presos ao que estava sendo publicado lá fora e começamos a criar. Olhamos as tendências ao mesmo tempo, e todos saem em busca de fazer algo diferente. Criei um canal online em parceria com a Vogue Brasil, onde fotografo ao vivo, e três ou quatro dias depois, esse editorial vai para o site da revista. Com a tecnologia cada vez mais presente e avançada e com a necessidade de imediatismo das coisas, pretendo em breve fotografar campanhas ao vivo e subir na página do cliente no mesmo dia. Isso seria fantástico! Ter o resultado de um trabalho nas mãos em tão pouco tempo.
Que trabalhos você destacaria?
Foram vários momentos incríveis, como a vez em que fotografei para a Vogue na casa de Coco Chanel, a primeira vez com a Gisele Bündchen, as vezes em que fotografei celebridades de Hollywood, nacionais e grandes ícones da música. Até mesmo fotografar tubarões ou modelos embaixo d'agua. Todos os trabalhos me marcam de alguma forma. Quando eu morava em Porto Alegre e sonhava em ser fotógrafo, lembro de vibrar com meus ensaios para a Revista Donna, acredito que o melhor sempre está para vir!
Você acompanha o mercado da moda no Rio Grande do Sul?
Acompanho na medida do possível e tenho muito orgulho de uma fotógrafa que foi minha assistente, além de grande amiga, e que encontrou sua estética e me surpreende a cada trabalho, a Mariana Molinos. Ela é filha de um grande fotógrafo e meu mestre, que admiro muito, Pedro Flores, irmã de um top diretor e fotógrafo, o Pedro Molinos, e sobrinha do mestre (maquiador) Duda Molinos. Ou seja, ela nasceu para isso!
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