Além das resoluções de novo ano, pensar no décor da casa esta época também tem um toque de praticidade: quem tirar alguns dias de férias e não viajar (pelo menos não o tempo todo), pode aproveitar e promover uma pequena transformação por meio da pintura.
Porém, ensinam os arquitetos do escritório PB Arquitetura, a escolha da tinta não ocorre apenas em razão do tom da preferência dos moradores, mas também pautada por uma série de características que contribuem para melhor fixação, valorização do ambiente e durabilidade.
Veja as dicas dos arquitetos Bernardo e Priscila Tressino para você acertar na decisão.
Escolha da cor ou da combinação de tons
– A escolha das tintas é muito importante, pois isso mudará completamente a atmosfera de cada cômodo da casa. Além da questão da energia, as cores nos apoiam em questões visuais. Tons claros evidenciam amplitude e mais luminosidade. No contraponto, a cartela mais escura proporciona mais aconchego, porém diminui sensivelmente o espaço – afirma Priscila.
Perfil do ambiente
Tudo pode variar de acordo com o espaço físico: mobiliário, estado em que a casa se encontra, tipo de atividade que será realizada no cômodo (principalmente em tempos de home office), além de muitas outras variáveis.
Acabamentos
Fosca, acetinada, semibrilho ou brilhante? Tudo depende da função do espaço. Uma dica valiosa que norteia a decisão: quanto mais brilho, mais fácil de limpar, porém mais visíveis ficam as imperfeições da parede. Por outro lado, quanto menor o brilho, haverá menos trabalho com acabamentos, mas a limpeza será mais frequente. Nesses casos, optar pelo meio-termo como as acetinadas e semibrilhantes é uma excelente pedida, especialmente em casas com presença de crianças pequenas, pets ou grande circulação de pessoas.
Tipos de tinta
Para áreas internas, especialmente paredes e teto, duas das tintas mais utilizadas são a látex (PVA) e a acrílica. Ambas são solúveis em água e têm fácil secagem. Para áreas molhadas, como banheiros e cozinhas, a indicação é pela tinta epóxi em razão de sua resistência. Em caso de espaços sem revestimentos, vale também investir em tintas antimofo. Em áreas externas, a tinta acrílica com impermeabilizante é uma excelente opção, pois tem maior durabilidade frente às intempéries. Entre outras sugestões, também vale a pena investir nas famosas texturas nas fachadas ou em tintas monocamadas.
Teste de tinta
Os arquitetos recomendam o teste de cor antes de comprar toda a tinta necessária. A medida é muito eficaz para que o morador tenha certeza de que a cor desejada no catálogo será a mesma dentro de casa.
“A dica é comprar uma lata pequena, geralmente de ¼, apenas para os primeiros testes no cômodo que se queira pintar. Mesmo com todas as análises, sempre podem ocorrer variações de tom em razão de vários fatores, como a própria luminosidade natural da residência e o ambiente específico escolhido”, finaliza Bernardo Tressino.