Era para ser apenas um negócio. Mas virou o lar de um casal de investidores, que se apaixonou pelo processo de planejamento e obra deste apartamento antigo. Um engenheiro com interesse pela arquitetura e uma empresária da área de eventos, que levou muito da estética despojada e colorida ao projeto da arquiteta Victória Rizzo.
Inspirada no conceito idealizado pela designer norte-americana Justina Blakeney, Victória propôs uma versão contemporânea e light do Jungalow Style: uma fusão entre as palavras “jungle” (selva) e bungalow (bangalô).
Os tons alegres e que remetem à natureza nortearam a proposta.
– O apartamento estava em ótimo estado de conservação. Mas contava com apenas um banheiro e a distribuição dos quartos em relação à importância e a luminosidade também não era equilibrada – explica.
A arquiteta conta que, a partir de então, foi o trabalho de demolir e construir um novo apartamento. Em três meses!
Hoje, a cozinha está integrada com a sala, a lavanderia mais otimizada com o antigo dormitório de serviço e o banheiro foi transformado em dois.
Para que a suíte fosse melhor distribuída, novamente alterações na planta baixa foram propostas pela arquiteta Victória Rizzo. Na foto acima, é possível ver a mais curinga delas: "roubar" uma parte de um dos dormitórios e somar ao quarto do casal, adicionando um novo armário embutido.
Ao contrario da área social, para o setor íntimo as cores clarinhas foram a preferência.
– O quarto era pra ser um ambiente mais calmo, com menos cores, ambiente para relaxar. Outra mudança foi a abertura de mais uma porta para o acesso ao novo banheiro – conta a arquiteta.
Este segundo toalete foi possível, segundo a profissional, devido ao método construtivo do edifício, que conta como uma rede de esgoto entre o que seria "uma laje dupla".
Feito do zero, o espaço é puro estilo, com parede verde, piso hexagonal em dois tons e um móvel com proposital estética vintage. Com melamina da Arauco, o volume conta ainda com o tampo de mármore de Carrara Gioia.
E a reciclagem do que é bom e feito para durar seguiu com a cristaleira: hoje um armário com novos puxadores e usado como guarda-roupa é o primeiro ocupante do futuro quarto do bebê.