Aquecedores andam pela casa ou ficam expostos à chuva e ainda podem obedecer ao controle remoto. Para evidenciar a era de equipamentos com novos formatos e tecnologias, o mercado cunhou a expressão lareiras ecológicas para identificar essa gama de novidades. Sustentáveis ou não, tais produtos tornaram mais fácil o uso de aquecimento pontual dentro e fora de casa - com cara de lareira ou nem tanto. Nas recentes mostras de decoração, desfilaram modelos recém-lançados.
No ambiente de Roberto Migotto na Mostra Black, a mais nova queridinha dos profissionais da área, realizada em São Paulo com um quê a mais de sofisticação, a lareira embutida é automática. E mais, tem controle remoto infravermelho e um sistema de segurança inteligente integrado. Essa tecnologia possibilita conectar o produto a todo pacote de automação do ambiente.
Para áreas externas, uma novidade é o totem italiano (página ao lado), eleito pela arquiteta Ana Maria Vieira Santos para o seu ambiente na segunda edição da mostra (a terceira será em maio de 2013). O aquecedor resistente às intempéries tem três níveis de chama e acionamento com controle remoto. Com uso similar, fazem bonito também tocheiros para serem usados em recantos de estar em coberturas, como o da capa desta edição, mostrado em outra exposição paulistana.
Consciência, praticidade e estilo
Para uso externo, o totem, importado da Itália (acima), é lançamento deste ano. Dois desses produtos à gás e resistentes à chuva montam guarda no espaço de Ana Maria Vieira Santos na Mostra Black Foto: Inês Antich, Divulgação
Propostas de interiores e exteriores da Mostra Black chamaram a atenção da arquiteta Lisete Jardim, do escritório Jardim Arquitetura, adepta do uso desses novos aquecedores, com base em energia sustentável e baixa toxicidade dos gases emitidos - e ainda sem odor:
- Temos usado as lareiras ecológicas devido à praticidade. Não precisam de estrutura preconcebida, com chaminé, podem ser montadas em um móvel solto e assim mudar de lugar pela casa, sem falar que o custo é muito mais barato. Agilizam e barateiam as obras de reforma, além de ajudarem na concepção de layouts contemporâneos e informais - destaca.
Salamandra contemporânea
Foto: Jotul Group/Sharp-e, Divulgação
Nem as salamandras (estas diferem das lareiras porque são fechadas) são mais as mesmas. Antes pareciam fogões a lenha e agora, quanta diferença (foto). Os modelos tradicionais sobrevivem, mas há peças contemporâneas como esta, uma criação escandinava, premiada pelo Reddot Design Award. A linha de modernas salamandras é grande e obedece a variações de disposição no ambiente. Esta foi concebida para ser colocada no centro do espaço, mas há similares para instalar junto à parede.
Antigamente apenas de ferro, hoje o vidro entra na composição do design das novas salamandras. E a tecnologia invisível também compõe esses produtos de queima fechada. O processo, já favorecido pelo rendimento do calor, ganha eficiência pelo controle da entrada e circulação interna do ar nas atuais linhas de produtos de aquecimento. As salamandras são alimentadas por diversos tipos de combustível, como lenha, gás, pellets (madeira moída e prensada), carvão e óleo ou funcionam por sistema elétrico.