As condições do terreno foram essenciais para os proprietários decidirem como aproveitar uma sala anexa à garagem de uma casa no bairro Planalto, em Caxias do Sul. Como a moradia foi construída em área íngreme, apenas duas das quatro paredes do cômodo são vistas de fora, as outras duas ficam enterradas no terreno. Com pouca umidade e nenhuma luz natural, o ambiente de 7 metros quadrados foi transformado em uma adega.
Nas duas paredes perpendiculares que fazem divisa com o terreno, a matéria-prima escolhida foi a pedra de basalto bruta. Além de fazer contenção, o material rústico combina com a atmosfera proposta pela arquiteta Melissa Bulla Baron, autora do projeto:
- Pensei em uma adega-bar em um espaço que lembre um porão antigo.
Por isso, a profissional optou por usar tijolos de demolição no piso e madeira no forro de modo a recriar o visual de uma casa antiga. Em referência à cor do vinho tinto, o tom bordô surge em duas paredes do espaço.
Para acondicionar as garrafas de vinhos e espumantes, a arquiteta projetou nichos quadrados em sete vãos abertos em uma das paredes de pedra. Cada espaço acomoda até 14 garrafas e é revestido com MDF coberto por lâmina de madeira.
Outras bebidas apreciadas pelos proprietários, como uísques e licores, são acondicionadas em uma cristaleira. Adquirido pronto, o móvel de material de demolição reafirma a proposta rústica do espaço: as portas da peça são criadas com o reaproveitamento da janela de uma antiga residência. A ausência de ventilação foi resolvida com a instalação de dois dutos mecânicos.
- A adega conserva sempre a mesma temperatura, esteja quente ou frio lá fora - comenta a arquiteta.
Com visual de porão
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Basalto e madeira de demolição configuram espaço para armazenamento de bebidas em casa de Caxias do Sul
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