Era meia-noite e quinze e minha filha de 25 anos, funcionária de um restaurante, voltava do trabalho a pé para casa. Caminhava sozinha por ruas escuras e pacatas, enquanto conversava comigo pelo WhatsApp. Segurando o telefone com uma das mãos e teclando com a outra, contava como tinha sido seu dia e, cansada, comentava que não via a hora de chegar em casa, tomar um banho e ir para a cama.
Riscos urbanos
Educando para o medo
Deveríamos educar para a confiança, mas vivemos dias tão surreais, que terei que reeducar minha filha para o medo
Martha Medeiros
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