Muito já se falou sobre a tal cultura do cancelamento, essa espécie de Sibéria dos nossos dias. Isso para quem ainda lembra de quando os dissidentes da ex-União Soviética eram mandados para o esquecimento das terras geladas e desoladas do norte da Ásia, uma legítima cultura do congelamento. Mas é melhor não falar nisso porque, para um lado ou para o outro, podem querer me cancelar. E este é apenas o primeiro parágrafo da coluna.
Adeus virtual
O cancelamento é o “morreu para mim” de hoje, o antigo “nunca mais olho na cara da fulana”
Pessoalmente, cancelo direto, mas sem grosseria – como deveria ser, na minha humilde opinião
Claudia Tajes