Eles são um recurso de estilo essencial em qualquer temporada, principalmente no verão, quando os raios solares se tornam ainda mais intensos: os óculos de sol. Queridinhos das primeiras filas dos desfiles e dos tapetes vermelhos mundo afora, reforçam o glamour de qualquer look – sim, são puro charme, ponto, sem discussão. Também são perfeitos para incrementar uma combinação basiquinha, já que proporcionam um up imediato até mesmo aos mais simples jeans e camiseta. E ainda podem ser usados com segundas intenções não tão nobres, digamos, como disfarçar uma boa ressaca ou manter certa distância em dias nos quais a gente não está pra muita conversa. Afinal, eles têm uma aura um tanto intimidadora, não é mesmo?
Mais Moda na Real?
Se os óculos de sol seguem muitas e variáveis tendências, com aquele troca lente, muda formato, investe em textura, ousa em cor, há alguns clássicos que se mantêm imponentes com o passar dos verões. Estes são sempre um bom investimento – e proporcionam um toque de charme atemporal, enlaçados no que a moda tem de melhor: o estilo eterno que encanta gerações. Quer saber quais a gente mais ama?
Redondo
Ele não tem um único nome, nem história certeira e confirmada como o Wayfarer e o Aviador, mas tem a mesma vantagem, a de ser um clássico incontestável: os óculos redondos de aro de metal. Embora desde os anos 1930 armações com esse formato já chamassem a atenção, foi mesmo na década de 1960, com o movimento flower power, que eles começaram a ganhar destaque, adotado por artistas como Janis Joplin e John Lennon.
O beatle acabou tornando esse modelo sua marca registrada, tanto que um dos títulos deste pequeno de grande charme é “John Lennon”. Desde então, circulou por muitos rostos famosos e outros nem tantos. E ganhou inúmeras versões: pequerrucha, grandalhona, colorida, com lentes espelhadas. Certo mesmo é que ele faz bonito em qualquer situação.
Aviador
O primeiro da nossa lista de eternos tem origem lá na década de 1930, quando o tenente-aviador John McCready regressava de uma de suas inúmeras viagens e começou a sentir os olhos terrivelmente irritados. Temendo possíveis danos à retina, contatou uma famosa fabricante de óculos nova-iorquina da época, a Bausch & Lomb, e pediu um par de óculos que protegessem seus olhos dos efeitos dos raios solares.
Esse pedido revolucionou a indústria da então e fez surgir o nome do que se tornaria a marca de óculos mais famosa do mundo, juntando a palavra “Ray”, de raio, com “Ban”, abreviatura da palavra “banish” que significa “banir”. O Ray-Ban Aviador foi o primeiro óculos de sol da história a ser produzido em série e trazia armações leves, em metal banhado a ouro, e lentes verdes, originadas de um cristal mineral com a capacidade de filtrar raios infravermelhos e ultravioletas. O acessório logo se tornou essencial e foi adotado, em peso, pela Força Aérea Americana. Por suas características, o modelo se tornou popular entre os pilotos e logo ganhou o mundo, sendo até hoje o óculos de sol mais vendido da história e um dos favoritos dos fashionistas.
Wayfarer
Só podia ser ele para agradar de Audrey Hepburn a Elvis Costello, de Marilyn Monroe a Bob Dylan: o wayfarer, também da Ray-Ban, que já nasceu para o estrelato, nos dourados anos 1950. Inspirado no design dos carros da época, conhecidos como rabos de peixe, seu nome significa “viajante” em inglês. Criado pelo designer Raymond Stegeman, foi o primeiro modelo da história a ser inteiramente produzido em acetato. A intenção de seu criador era vendê-lo para pilotos, como seu predecessor, o Ray-Ban Aviador. Mas, graças ao design inovador, conquistou de cara a turma mais rock n’ roll que pulsava na época.
De lá para cá, virou um clássico e ganhou o coração e o armário de artistas das mais diversas áreas. Foi estrela de clássicos como Bonequinha de Luxo (1961), O Clube dos Cinco (1985) e a série Miami Vice (1984 –1989). E é uma estrela além das câmeras, adotado por famosos como Michael Jackson, Madonna, Tom Cruise, Debbie Harry, Katy Perry e até Anna Wintour, a exigente editora-chefe da edição norte-americana da revista Vogue. Ou seja, alguém duvida de que ele é o máximo?