Todo ano, o mesmo fenômeno se repete: basta os termômetros indicarem que a temperatura está aumentando para que as clínicas de estética fiquem ainda mais movimentadas. Nas salas de espera, mulheres que, mesmo com uma rotina regrada de alimentação balanceada e academia, não estão plenamente satisfeitas com o próprio corpo. Há, ainda, as que buscam soluções a curto prazo com os procedimentos estéticos.
– O que mais se procura são tratamentos para gordura localizada, celulite e flacidez – afirma a biomédica Ronize Zeni, da Corpare.
Para saber o que está em alta e as novidades em tratamentos, conversamos com especialistas de duas estéticas da Capital e listamos os procedimentos mais pedidos do momento.
Carboxiterapia
Consiste em um tratamento em que o dióxido de carbono é injetado no tecido subcutâneo com uma agulha fininha, com o objetivo de melhorar a oxigenação do tecido no local. Esse método ajuda a melhorar a circulação e a oxigenação do tecido – e facilita a queima das células de gordura.
– Os riscos são reduzidos, mas podem surgir desconfortos no local após a aplicação – explica a biomédica Ronize Zeni.
Os resultados podem ser percebidos em algumas semanas.
É indicado para:
• Gordura localizada, celulite, flacidez e estrias.
Quanto custa?
• Cada sessão tem custo médio de R$ 95. O número de sessões necessárias varia de acordo com a paciente, mas a média indicada é de 10.
Criofrequência
A partir do aquecimento profundo da pele, a criofrequência favorece a formação de colágeno. O aparelho promove um choque térmico na área tratada.
– É como se fosse um lifting instantâneo, que estimula as células de colágeno e diminui a flacidez – explica a biomédica Ronize Zeni.
Vale lembrar que o tratamento é contraindicado para pacientes com marcapasso, gestantes e lactantes e com câncer de pele, e que tenham implantes de metal ou silicone na área a ser tratada.
É indicado para:
• Tratamento da flacidez.
Quanto custa?
• Depende do corpo da paciente e das áreas que deseja tratar. Em média, são feitas de seis a 10 sessões, cada uma a R$ 400.
Bioestimuladores
Dermatologista do Kur, Damiê De Villa explica que o tratamento com bioestimuladores começou a ganhar força no Brasil nos últimos anos e serve para estimular a produção de colágeno e garantir uma pele mais firme.
– Funciona para quem tem flacidez pela idade ou por excesso de sol e também para quem emagreceu e ficou com a pele mais flácida – diz o médico.
Na opinião da fisioterapeuta Cristiane Fagundes, coordenadora técnica da rede One Spa, o tratamento é um dos mais indicados para tratar a flacidez, queixa das mais frequentes.
– No One Spa, associamos o bioestimulador a uma plataforma de radiofrequência para que o resultado venha de forma mais rápida – explica a profissional.
O procedimento, minimamente invasivo, consiste na aplicação do bioestimulador diretamente na junção dermo-hipodérmica, onde será induzida a produção de colágeno e elastina. Quinze dias depois, começam as aplicações regulares de radiofrequência.
O tratamento promete diminuir o aspecto ondulado e aqueles furinhos na pele.
– Por ser biocompatível e bio-reabsorvível, ou seja, compatível com o nosso organismo, as contraindicações para o bioestimulador são reduzidas. Quando usado em conjunto com a radiofrequência, não é recomendado para gestantes e pacientes com marcapasso ou pinos – destaca a fisioterapeuta do One Spa.
O dermatologista Damiê De Villa acrescenta que é necessário avaliar se a paciente não tem alergia a algum dos componentes da fórmula do produto. Os bioestimuladores também não são indicados para quem sofre de doenças autoimunes que não estejam sob controle.
É indicado para:
• Melhorar o aspecto da pele, aumentar o tônus muscular e a definição de glúteos, coxas e abdômen, além de reduzir gordura.
Quanto custa?
• Para quem opta apenas pelo bioestimulador, são necessárias, em média, de duas a quatro aplicações. Associado com a radiofrequência, costuma ser necessária uma aplicação de bioestimulador mais quatro a seis sessões de radiofrequência. O valor é de, em média, R$ 2 mil com a combinação de tratamentos.
Criolipólise
Sem cortes ou procedimentos cirúrgicos, a criolipólise promete congelar as células adiposas que, devido a baixa temperatura, acabam danificadas e eliminadas pelo organismo. Funciona assim: uma membrana anticongelante é colocada na área que receberá o tratamento, e, em seguida, o equipamento começa a agir, com uma espécie de sucção. O processo de resfriamento pode chegar a -10ºC.
Ao final do tratamento, o profissional faz uma massagem para aumentar o fluxo sanguíneo na região tratada. Cada sessão dura, em média, 50 minutos.
– Com uma sessão, já se nota diferença e resultados – garante a biomédica Ronize Zeni, da Corpare Clínica Estética. – E também podemos associar com a criofrequência, outro tratamento que está bem em alta.
É indicado para:
• Gordura localizada.
Quanto custa?
• A cada sessão, que custa, em média, R$ 500, dá conta de tratar uma região do corpo. O número de sessões necessárias varia para cada paciente e as áreas que deseja tratar – como flancos, abdômen, culotes, área interna da coxa e braços.
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