Há quem não goste de comida tailandesa? Certamente sim. Não entendo. É tão bom. Eu amo e sempre fico ligada nos restauras novos de POA com essa culinária. Foi assim que cheguei de tuk tuk no Lanna Thai.
Difícil de imaginar que bem ali onde ele se encontra é mesmo um restaurante, pois é bem escondido.
Tem que descer uma escadinha. Degrau por degrau, aumentando a expectativa. Um bom ponto de referência são os vizinhos do Bier Markt.
O espaço para espera é um amor. Bem delicado. Numa noite de verão deve ser bem agradável começar por ali, com um bom drink.
Eu não dou mole. Sempre que vou em restaurantes no final de semana, faço reserva. Com o Lanna fiz reserva antecipada e chamei duas amigas para acompanhar a gente - eu e o Marco. Nós já conhecíamos o restaurante e elas era a primeira vez. Chegamos pontualmente com a mesa nos esperando. Ótimo!
Era Sexta-feria Santa, feriado, então não estava cheio. Aliás no nosso percurso percebemos que a cidade estava vazia. Gaúcho aproveita ao máximo os últimos minutinhos de calor e foge para as praias.
Como todo tailandês que se preze, alguns detalhes nos fazem viajar a esse paraíso de cultura intrigante. A casa é pequena, tem poucas mesas, é moderninha, arrumadinha e atraente. Luz baixa, com clima legal. O Lanna é comandado pela chef Thaís Lorea.
Depois de alguns minutos de uma boa discussão, decidimos que a noite seria da cerveja. É sempre assim quando quem gosta de comer e beber se encontra. Primeiro decidimos o que vamos beber para logo brindar e comemorar seja lá o que for. Lentamente escolhemos os pratos, degustamos e seguimos com o ritual que amamos. Horas depois brindamos de novo para encerrar o tal ritual. Ah! E não gostamos quando não deixam nenhum cardápio na mesa. Não é bem assim foodies?
A casa oferece um menu com todas as cervejas 1824 Imigração. Eu e o Marco escolhemos a Export. É uma cerveja encorpada, avermelhada e turva. Boa! A Vivi, que se recusa a sair da tradicional pilsen-de-beira-de-praia-sem-outra-opção, foi de Bud.
Fiquei super feliz durante a reunião de planejamento para definição dos pratos principais. Um verdadeiro brainstorming. Pulamos as entradas e sem que eu precisasse dar um pitaco, 4 pratos diferentes foram escolhidos. Vou começar pelo prato da Si. Deixando claro que a ordem que citarei os pratos não está ligada a gostosura dos pratos e sim aos números que estão no menu. A Si, nada supersticiosa, atacou de número 13. Talharim de arroz com camarões no abacaxi com molho de tamarindo e amendoins. A Si não curte muito amendoim, dei umas cutucadinhas no prato dela.
Eu pedi lagostins ao molho de tamarindo e cuscuz marroquino. Deu o que falar. Tava bom demais e gerou um burburinho. O prato veio com camarões e não lagostins. Conversei com o garçom sobre isso, mas ele insistiu em dizer que camarão Pitu é um tipo de lagostin. Eu prefiro dizer que tinham camarões no meu prato. Mas deixei isso pra lá, pois tava bom demais! O melhor prato da nossa mesa.
A Vivi, surpreendentemente, pediu camarões, shitake e aspargo verde com mousseline de batata doce e gengibre. Surpreendentemente, pois antes do fato tínhamos comentado sobre o paladar infantil dela. É claro que ela deu seu toque especial chamando o mousseline de purê de batata doce. Ou foi pirê de batatas? Adorei que ela curtiu muito o prato. Só deixou de lado alguns shitakes que eu fiz questão de roubá-los.
Por último (prato número 16 do menu) mas não menos importante, o atum selado ao molho de mel e gengibre sobre shitake e arroz negro do Marco. Ganhou o prato mais bonito da mesa. Atum selado é covardia né? Marco aprende a fazer e faz lá em casa!
Vamos às sobremesas! Vou pular aqui a parte que uma das pessoas que estava na mesa não gosta de compartilhar a sobremesa. Eu adoro! Acho um luxo cada um com uma colher tirando lasquinhas e mais lasquinhas. E quando tem mais de uma sobremesa então? Piro! Uma lindeza ficar rodando as sobremesas na mesa kkkkk. Bananas empanadas com sorvete de gengibre foi a que fez mais sucesso e a que mais girou.
A nossa segunda sobremesa foi um Panna Cotta de manjericão com calda de açúcar de palmeira. Boa, mas a bananinha fez mais sucesso.
Agora aquele tipo de fotinho que eu adoro. A calda!
Por toda essa festa, pagamos R$ 93 por pessoa, com as bebidas.
Lanna Thai
Rua Barão de Santo Ângelo, 487 - Moinhos de Vento
Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3508-3820
Aceita todos os cartões.
* Conteúdo produzido por Rafaela Enes