Se em Pantanal (2022), Bruno Luperi foi acusado de mexer pouco na história original criada por seu avô, Benedito Ruy Barbosa, a situação de Renascer é bem diferente. A trama das nove cada vez mais se afasta da primeira versão, o que, por um lado, pode ser interessante e mesmo necessário. Porém, confesso que ando decepcionada com alguns rumos dos personagens.
O caso que mais me irritou foi o destino da bebê de Sandra (Giullia Buscacio) e João Pedro (Juan Paiva). A criança nasce prematura e acaba morrendo, um sofrimento a mais para o casal que já passou por tantos problemas. Entendo a intenção do autor, de querer abordar o luto parental, mas não poderia fazer isso com outro núcleo? Na primeira versão, em 1993, a menina nasceu saudável e recebeu o nome de Maria Santa, uma bela homenagem. Não me conformo com essa mudança...
Boas trocas
Por outro lado, outras histórias devem ganhar contornos mais interessantes. A chegada de Aurora (Malu Mader) à vida de José Inocêncio (Marcos Palmeira) será mais do que um affair passageiro. O romance deve durar cerca de 20 capítulos, afinal, o retorno de Malu às telinhas deve ter o destaque que merece.
Por fim, o desfecho de Tião Galinha (Irandhir Santos) será menos melancólico do que há 30 anos. Quando era vivido por Osmar Prado, o personagem se enforcou na cadeia, após ser acusado injustamente. Desta vez, Kika (Juliane Araújo) ajuda a tirar o pobre homem da prisão, mas não se animem. A morte dele deve acontecer, mas só nos últimos capítulos, e de forma heroica.