Amor, traição, manipulação: não faltam fortes emoções em A Usurpadora, novela mexicana que há mais de duas décadas vive no coração do público brasileiro. E eis que, a partir desta segunda-feira (27), há motivos de sobra para o coração destes noveleiros bater mais rápido, com a reprise do folhetim no Viva.
A trama de Paola e Paulina voltará ao ar em horário nobre, com exibição de segunda a sexta, sempre às 20h30min, no canal por assinatura. Ambas interpretadas pela atriz Gabriela Spanic, as protagonistas são irmãs gêmeas perdidas, que se encontram por acaso, já em idade adulta. Iguais na aparência, elas são, contudo, completamente opostas em todo o resto, como o público logo percebe.
Originalmente exibido pelo Canal de las Estrelas, do grupo Televisa, em 1998, o drama tem início ressaltando as discrepâncias entre as gêmeas. Enquanto a bondosa e humilde Paulina dedica seu tempo para cuidar da mãe doente, a rica e manipuladora Paola se preocupa somente consigo mesma. Em um dos momentos que exemplifica esse egoísmo, a vilã — cansada dos dramas familiares — deixa o marido e os enteados para trás, para se divertir em uma viagem com um de seus amantes, Luciano (Mario Cimarro).
É justamente em meio a essa aventura que ela encontra Paulina pela primeira vez, que trabalha em um toalete. A descoberta da irmã perdida representa somente uma coisa para Paola: uma oportunidade de se dar bem. Ela conclui que a gêmea lhe dá uma chance de fugir da vida familiar, de que tanto odeia, e manipula a jovem a aceitar se passar por Paola, enquanto essa segue se divertindo sem compromisso. Encurralada por uma acusação de roubo, Paulina não vê saída que não seja aceitar o plano.
Uma vez na vida de Paola, contudo, as coisas não são tão ruins para a mocinha, que se apaixona pelo amável e rico marido da irmã, Carlos Daniel (Fernando Colunga), que, por sua vez, também fica encantando pela "nova pessoa" que sua esposa repentinamente se tornou.
Como toda boa novela mexicana, contudo, os dramas apenas têm início com a troca das irmãs e, por 102 capítulos, a trama segue adicionando mais e mais elementos de amor, traição e manipulação em busca de fortes emoções.
Dramalhões repaginados
Praticamente um clássico entre os noveleiros de carteirinha, a versão mexicana de A Usurpadora é, na verdade, um remake de outro sucesso regional de mesmo nome, exibido pela RCTV da Venezuela em 1971. A receita deu tão certo que tentaram repeti-la em 2019, com o lançamento de uma nova versão do México, a série La usurpadora. Com 25 episódios, atualmente disponíveis para streaming no Amazon Prime Video, o drama não alcançou a repercussão de seu antecessor e não foi renovado para uma segunda temporada.
Mais bem sucedida em repaginar os dramalhões latinos foi a série norte-americana Jane The Virgin, inspirada pela telenovela venezuelana Juana la virgen. Com cinco temporadas, no ar entre 2014 e 2019, a comédia dramática protagonizada por Gina Rodriguez homenageia tanto os clichês, quanto os exageros das novelas da América Latina, seguindo os passos de uma jovem virgem que é inseminada artificialmente por acidente e decide ter o filho mesmo assim. O título está atualmente disponível para streaming na Netflix.
Quem quiser se manter fiel às origens, também não precisa ir muito longe: o Globoplay atualmente oferece em seu catálogo diversas opções de telenovelas estrangeiras, como Marimar e Maria do Bairro, além, é claro, de A Usurpadora.