Os noveleiros apaixonados guardam na memória cenas que marcaram suas vidas – positiva ou negativamente. E confesso, se é algo com que não sei lidar é a morte de protagonistas no final das histórias.
Afinal, o herói, por mais que tenha cometido erros, tem um certo carisma que conquista o público e nos faz torcer por um final feliz. Quando essa lógica é subvertida, nos sentimos enganados.
É o caso de Império (2014), cuja reprise chegou ao fim nesta semana. Ninguém esperava um desfecho diferente para José Alfredo (Alexandre Nero), mas ainda assim, doeu fundo ver o Comendador morrer novamente, desta vez pra valer. Sim, porque na metade da trama, o protagonista forjou a própria morte e voltou, triunfante, para encerrar seus assuntos inacabados.
Morreu mesmo?
Com os grandes segredos descobertos, principalmente o cair da máscara de José Pedro (Caio Blat), que revelou estar por trás das armações contra o pai, a saga do Comendador chegou ao fim. Mas não precisava ter sido tragicamente. Baleado pelo filho, José Alfredo morre nos braços de Cristina (Leandra Leal). Para quem esperava por um “felizes para sempre” do Comendador com a “sweet child” Maria Isis (Marina Ruy Barbosa), foi uma decepção.
Porém, nos minutos finais, uma silhueta bem conhecida aparece na mansão da família. Acariciando o indefectível bigodinho, lá estava o Comendador. Vivo ou morto? Jamais saberemos. Prefiro acreditar que, assim como os diamantes, os bons personagens também são eternos.