Em time que está ganhando, não há por que se mexer na fórmula. Por isso, Que História É Essa, Porchat?, um dos programas mais elogiados da TV por assinatura, ganha uma terceira temporada nesta terça-feira (23) investindo na mesma estratégia: bons causos de vida, sendo eles de anônimos ou de famosos. Os novos episódios do talk show comandado por Fábio Porchat serão lançados todas as terças, às 22h30min, no canal pago GNT.
Nas fases anteriores, o público se viu encantado, por exemplo, com a aventura de Regina Casé pela África, que decidiu descer da van durante um passeio na selva sem ter a noção do perigo. Logo no programa de estreia desta noite, o trio de entrevistados promete aquecer o público: Xuxa Meneghel, Manu Gavassi e o padre Fábio de Melo estarão ao centro do palco.
Em entrevista por e-mail a GZH, Porchat fala sobre os destaques da nova temporada e de como a atração se adaptou aos novos tempos
Entre os convidados da nova fase, quais devem cativar mais o público e por quê?
Já gravei quatro programas, seguindo um protocolo sanitário rigoroso. Fiquei apreensivo sobre como ia encontrar o humor e a tensão dos convidados com esse período, se as pessoas iriam estar tranquilas, mas deu tudo certo. A estreia vai ser épica: a Xuxa e o Fábio fizeram revelações estarrecedoras, que talvez traumatizem a mente de qualquer pessoa, e isso vai ser muito divertido (risos). Vamos ter ainda histórias muito legais como a da Juliana Paes com o samba e Luciana Gimenez quase se metendo em uma roubada, fora os da plateia, que sempre me interessam muito. Elas são igualmente divertidas e nestas gravações tiveram experiências de quase morte, de assombração... Então pode esperar, a plateia vai ser tão boa quanto.
Como é fazer um programa que busca a diversão em um tempo de tanta incerteza? Como você tenta rebater o lado negacionista que paira sobre a sociedade?
No fim das contas, o programa deu certo porque as pessoas estão cansadas e não aguentam falar de política e toda essa polarização. Não existe isso quando o programa começa e as historias são boas para todos. O pessoal queria um programa de uma hora que pudesse assistir, se divertir e dormir com a cabeça leve.
Como lidou com a repercussão das temporadas anteriores? O que foi mais surpreendente entre as reações do público?
Fiquei feliz, porque eu acreditava muito nessa ideia de que as histórias interessam tanto quanto a entrevista em si e os detalhes da vida dos famosos. Queria parar de falar de polêmica e, sim, de coisas triviais, que foram engraçadas. Senti que funcionou muito. Eu já esperava que as contações da Claudia Raia, da Regina Casé e da Fernanda Torres seriam boas, mas elas mandaram bem demais.
Você elogiou o Altas Horas esses dias nas redes sociais. Quais outros programas considera referência na TV até hoje?
Gosto de ver TV como um todo, desde programas bons aos ruins em diferentes canais, tudo ajuda a me entender e a me guiar na profissão. O Serginho (Groisman) sempre foi uma referência de vida e de carreira desde a infância, ele conseguiu se reinventar bem. Considero também o Pedro Bial um excelente entrevistador, ele é jornalista forte. Já o Faustão é uma sumidade. O pessoal sacaneia, ri dele, mas ninguém fica 32 anos no ar e sendo líder de audiência à toa. É meu sonho ter ele no meu programa contando alguma história.