O ator Marcos Pasquim, um dos protagonistas da novela Kubanacan, comentou sobre o apelido curioso que lhe foi atribuído durante as gravações da produção: Pescador Parrudo. A trama das 19h, exibida nos anos de 2003 e 2004, entrou no catálogo de reprises do Globoplay nesta segunda-feira (7).
— Quem inventou esse apelido foi o Humberto Martins. Eu soube que um dia, em uma cena, ele mencionou isso. Acho que o Carlos Lombardi (autor da novela) viu isso, gostou, e inseriu na novela. Até hoje as pessoas me chamam assim na rua. Fico feliz pela lembrança do personagem — contou o ator ao GShow.
No enredo, Pasquim vive Esteban, homem misterioso de mil e uma faces — literalmente, pois o personagem tinha mais de uma identidade, vivendo sob a pele de Leon, Adriano e o verdadeiro Esteban. Ao GShow, o ator contou que a múltipla personalidade do protagonista foi, justamente, um dos maiores desafios de Kubanacan. Com muitas cenas de luta e sem camisa, a preparação física também foi fundamental para que corresse tudo bem em cena.
— Antes da novela eu fiz judô, kung-fu, boxe, preparação de armas no Exército e expressão corporal. Fazia vários personagens em um e, no meio da novela, ele ainda se fantasiava. Todas as versões dele eram difíceis, mas era mais complicado fazer um se passar pelo outro, esse revezamento dos personagens — contou Pasquim, acrescentando: — Tínhamos um grupo de dublês, que faziam as coreografias, mas normalmente eu mesmo fazia a cena, não usava dublê. Só usava quando tinha que saltar de muito alto ou cena de tiro, mas o resto eu fazia tudo.
Com nomes como Adriana Esteves, Vladimir Brichta e Danielle Winits no elenco, Kubanacan conquistou o público por ser uma novela leve e divertida, além de apresentar figurinos e caracterização marcantes. Aos 51 anos, contudo, Pasquim confessa que não usaria novamente os cabelos longos do Pescador Parrudo, que fizeram tanto sucesso na época:
— Não sinto saudade. Cabelo comprido dá muito trabalho! Não vou mais deixar mais o cabelo crescer. Se for um personagem, eu posso colocar, mas esse cabelo era meu. Eu deixei crescer de Uga Uga e depois O Quinto dos Infernos para usar em Kubanacan. Mas hoje em dia nem pensar!