Mais atual do que nunca. Com esta visão, os atores do elenco de Flor do Caribe defenderam, na tarde desta quinta-feira (20), a importância da novela, que foi exibida originalmente em 2013. A trama voltará a ser reprisada após o fim de Novo Mundo na faixa das seis, a partir do dia 31 de agosto, na RBS TV.
Em entrevista coletiva, parte do elenco e o diretor de núcleo Jayme Monjardim falaram sobre a trama. Um dos personagens merece atenção especial, segundo Cláudia Netto, que interpreta Guiomar. Ela recorda da vilania de Dionísio (interpretado por Sérgio Memberti), que usava as salinas de fachada para seu principal comércio, o de contrabando de diamantes.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o empresário colaborou com o Eixo, fornecendo tungstênio para a fabricação de munição e denunciou o esconderijo de várias famílias para a polícia secreta de Hitler. Ao final da novela, recebe sentença de prisão perpétua por uma extensa lista de crimes cometidos contra judeus, ciganos, perseguidos políticos, deficientes e homossexuais.
Para Cláudia, o espectador se vê diante do "fascismo e do preconceito" em Flor do Caribe.
— Justamente agora, mais atual, impossível. O personagem do Mamberti sendo um nazista, e agora vemos no Brasil pessoas tomando a palavra e tendo espaço. Eu acho perfeito esse encaixe — pontua a atriz.
— Exato. Era uma paródia do nazista e agora vemos que a paródia virou realidade. É muito louco — completa Jean Pierre Noher, que vive o Duque, um estelionatário de atuação internacional na novela.
Protagonizada por Grazi Massafera como Ester, Flor do Caribe conta a história de uma guia de turismo que vive em Vila dos Ventos, cidade fictícia próxima de Natal (RN). Ela está no centro de um triângulo amoroso com Cassiano (Henri Castelli) e Alberto (Igor Rickli).
— Essa reprise entra em um momento especial, em que a gente precisa de um respiro. Tem romance e aventura, que nunca saem de época — finaliza Monjardim.