Correção: os indicados ao Emmy serão anunciados nesta terça-feira (28), e não na quarta-feira (29) como publicado entre 20h05min de 27 de julho e xxxxxx de 28 de julho. O texto já foi corrigido.
Os indicados ao Emmy, que reúne os prêmios mais importantes da televisão, serão anunciados na terça-feira (28) em meio à crise que a indústria atravessa pela pandemia do coronavírus. O anúncio será feito em uma cerimônia ao vivo, em um momento em que o calendário televisivo foi de tal forma afetado que alguns programas não puderam entrar na janela de elegibilidade para a edição deste ano.
Outras premiações de Hollywood, como o Oscar e o Globo de Ouro, tiveram que adiar suas cerimônias e alterar parte de suas regras para se adaptar aos novos tempos sem cinemas. Os Emmys serão entregues em 20 de setembro e, embora seus organizadores não tenham dado detalhes sobre a cerimônia, tudo indica que será virtual, enquanto o vírus se espalha com força nos Estados Unidos, com 4,2 milhões de casos.
— Não sei onde faremos isso ou como faremos ou inclusive por que estamos fazendo isto, mas estamos fazendo e vou apresentá-lo — disse o anfitrião do Emmy, Jimmy Kimmel, em um comunicado em 16 de junho.
Os 24 mil membros da Academia de Televisão, que entrega o prêmio, receberam um número recorde de inscrições este ano. No entanto, a pandemia impediu que estúdios pudessem fazer suas habituais campanhas para conquistar votos. Segundo os especialistas, os integrantes tiveram mais tempo em casa para assistir à televisão, o que pode pesar em suas decisões.
— Mas não sabemos o que estão vendo — esclareceu Joyce Eng, editora do site de previsões Gold Derby. — Estão vendo programas que estrearam há três anos e que não tinham podido ver? Ou estão vendo todos os programas que estrearam nesta primavera?
As indicações serão anunciadas durante uma cerimônia virtual, que começará às 8h30min locais (12h30min de Brasília) e será animada pela estrela do Saturday Night Live, Leslie Jones.
Ela será acompanhada da atriz Laverne Cox, de Inventing Anna; Josh Gad, de Central Park, Tatiana Maslany, de Perry Mason, e o presidente da Academia, Frank Scherma.
Favoritos
A Academia estendeu a oito o número de indicados nas categorias mais importantes: melhor série dramática e de comédia. E coincidiu o número de indicados em outras categorias com a quantidade de produções introduzidas para consideração.
Mais uma vez, HBO e Netflix deverão ter o maior número de indicações. Sem os ganhadores do ano passado, Game of Thrones e Fleabag, no páreo, e nenhum programa novo que traga surpresas, Eng avaliou que produções como Succession, sobre uma poderosa família dona de veículos de comunicação que luta pelo controle da empresa, e o thriller policial Ozark partem como favoritos na categoria drama.
A série marco da Netflix The Crown e o drama distópico da Hulu The Handmaid's Tale - que não disputaram os prêmios no ano passado - também devem aparecer entre os indicados, junto à "prequel" de Breaking Bad, Better Call Saul, e The Morning Show, da nova plataforma Apple TV+.
Entre as séries cômicas, The Marvelous Mrs. Maisel, produção da Amazon sobre uma dona de casa dos anos 1950 transformada em comediante de stand-up, é considerada favorita, junto ao sucesso canadense Schitt's Creek.
Big Little Lies tentará o Emmy de melhor série dramática, após ter levado em 2017 o prêmio de melhor minissérie. A categoria tem como favorita Watchmen, sobre vigilantes mascarados tratados como criminosos pelas agências do governo.
— Watchmen é uma grande série em si mesma, mas se tornou ainda mais retumbante nas últimas semanas — disse Eng, referindo-se aos protestos em várias cidades dos Estados Unidos contra a presença de tropas federais.
Nas categorias de melhor ator dramático, é provável que Brian Cox encabece a lista por seu papel em Succession, junto a Jason Bateman, por Ozark, e Bob Odenkirk, por Better Call Saul. A ganhadora do Oscar Olivia Colman deverá encabeçar a disputa pelo prêmio de melhor atriz, com Laura Linney (Ozark), Jennifer Aniston (The Morning Show) e Elizabeth Moss (The Handmaid's Tale).