Uma trama leve, bem construída, com personagens cativantes e uma história recheada de elementos literários. São vários os ingredientes que fazem de Bom Sucesso um fenômeno, aclamado pelo público e pela crítica. Porém, nem as melhores novelas escapam da famosa "barriga", aquele período em que cada drama demora a desenrolar. E, com isso, vêm os temidos clichês.
Na novela das sete, Diogo (Armando Babaioff) saiu da sombra e assumiu o posto de grande vilão da história. Na obsessão por se vingar da família Prado Monteiro, acabou apelando para artifícios já bastante desgastados na teledramaturgia.
Primeiro, o advogado do mal armou para que Marcos (Romulo Estrela) fosse flagrado na cama com outra por sua amada Paloma (Grazi Massafera). Quantas vezes já vimos esse tipo de cena?
Em outra jogada manjada, Diogo provoca a prisão do mocinho por tráfico de drogas. Eis mais um clichê que aparece à exaustão na telinha.
Capítulos antes, o drama de Gabi (Giovanna Coimbra) se arrastou por muitos capítulos. A menina precisava de uma doação de sangue — de um tipo raro, obviamente — que só seu pai biológico, Elias (Marcelo Faria) poderia fazer. O ex de Paloma enrolou bastante até salvar a vida da menina.
É claro que essas "derrapadas" não tiram o brilho de Bom Sucesso, que vai chegando ao fim como uma das melhores tramas dos últimos anos. A expectativa agora é para o "felizes para sempre", esse sim, um clichê que os noveleiros amam.