Foram sete meses de sofrimento, reviravoltas, polêmicas e muita discussão em torno de O Outro Lado do Paraíso. A trama de Walcyr Carrasco chega ao fim na noite desta sexta-feira (11) com um saldo mais do que positivo, ao menos no que diz respeito à audiência. Teve números impressionantes em diferentes estados do Brasil, virou febre nas redes sociais e fez muita gente ficar de olhos vidrados nas últimas emoções. Mas quais foram os principais ingredientes desse sucesso todo? E o que poderia ter sido melhor?
Vingança
Clara (Bianca Bin) executou com sucesso a vingança contra todos que destruíram sua vida no passado. Aos poucos, a revanche da mocinha tomou ares de justiça, como no caso do delegado abusador Vinícius (Flávio Tolezani), condenado pelo mal que fez à enteada Laura (Bella Piero) e morto na cadeia. A mocinha vingativa contava com uma "equipe do bem", capitaneada pelo advogado Patrick (Thiago Fragoso), que acabou se tornando o pretendente com maiores chances de arrebatar o coração da protagonista.
Vilã de peso
Sophia (Marieta Severo) sempre se mostrou uma pessoa terrível, a julgar pela forma como tratava os próprios filhos. Mas aos poucos, a vilã revelou que a ganância e a crueldade ultrapassavam todos os limites. A megera virou uma assassina em série, acabando com os inimigos na base da tesourada. Isso sem contar as mortes encomendadas, o que eleva ainda mais a lista de crimes. Marieta Severo impressionou pela atuação e virou "meme" nas redes sociais, como a "Sophia Mãos de Tesoura".
O show dos veteranos
Um dos grandes acertos da trama foi ter unido feras como Lima Duarte, Laura Cardoso, Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg e Juca de Oliveira. Os veteranos brilharam, mostraram fôlego de estreantes e provaram que não há idade para roubar a cena na telinha.
O outro lado...
A novela teve grandes momentos, mas também recebeu críticas sobre algumas abordagens. Foi o caso da "coach" Adriana (Julia Dalavia), que desvendou o caso de abuso envolvendo Laura e Vinícius. Na época, o Conselho Federal de Psicologia se pronunciou, alegando que um profissional da área médica deveria ter tratado a menina.
Questões como racismo e homofobia também tiveram cenas fortes e, por vezes, caricatas. No caso de Samuel e Cido (Rafael Zulu), a trama enveredou para um humor desnecessário e forçado. Porém, teve um desfecho bonito, levantando a bandeira da diversidade e respeito.
Uma das grandes promessas de maldade no início da trama, a personagem de Grazi Massafera não disse a que veio. Perdeu força e ficou submissa aos desmandos de Sophia.